sábado, 2 de fevereiro de 2019

UM TAL DE ALCOLUMBRE, BOLSOCANDIDATO, E O NOVO PRESIDENTE DO SENADO E LOGO DIZ QUE SENADO VAI PASSAR A SEGUIR OS DESEJOS DAS RUAS


Numa sessão marcada por confusão, uma votação anulada e pela desistência da candidatura
pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL), o senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) foi eleito
neste sábado, 2, presidente do Senado; candidato do presidente Jair Bolsonaro, Alcolumbre
recebeu 42 votos; Esperidião Amin (PP-SC) obteve 13 votos, Angelo Coronel, oito votos,
Fernando Collor, três votos; Reguffe, seis votos e Renan Calheiros, cinco votos
Agência Brasil – O presidente Jair Bolsonaro cumprimentou hoje (2) o senador Davi Alcolumbre 
(DEM-AP) por sua eleição para a Presidência do Senado. Em sua conta no Twitter, Bolsonaro disse 
que Alcolumbre tem o desafio de transformar os sentimentos de mudança da população em ações.
"Senador Davi, meus cumprimentos pela indicação de seus pares ao comando do Senado. O senhor 
tem como desafio transformar em ações o sentimento de mudanças que a população expressou nas 
últimas eleições. O governo está pronto para também cumprir a sua missão. O Brasil tem pressa!", 
disse Bolsonaro.
Alcolumbre foi eleito neste sábado com 42 votos. Ao assumir a presidência do Senado, ele prometeu 
acabar com a votação secreta para a Mesa Diretora, prevista no Regimento Interno da Casa. "Esta 
será a sessão derradeira do segredismo", afirmou Alcolumbre, acrescentando que sob seu comando 
"os desejos das ruas terão protagonismo".
Para Alcolumbre, o Senado precisa ser independente e respeitado, porque é um Poder da República. 
"O Senado não pode se curvar à intromissão do Judiciário e de qualquer outro Poder", disse o 
presidente. Segundo ele, as reformas terão prioridade no Senado.
O senador fez um discurso de conciliação, agradecendo aos que disputaram a eleição contra ele, aos 
que desistiram e ao senador Renan Calheiros (MDB-AL), que se retirou do pleito na última hora. 
"Senador Renan Calheiros terá desta presidência o mesmo tratamento dos demais senadores", 
afirmou, Calheiros já não estava mais no plenário.
Renan Calheiros, do MDB de Alagoas era principal adversário de Alcolumbre na disputa. Mas, em
meio à segunda votação (já que na primeira, feita em cédulas de papel, foram registrados 82 votos, 
sendo que há apenas 81 senadores), Renan retirou a candidatura.
Disse Renan: "uma votação que foi anulada porque um senador colocou uma cédula dentro de outra 
cédula (...) Então, para demonstrar que esse processo não é democrático, eu queria lhes dizer que o 
Davi não é Davi, o Davi é o Golias. Ele é o novo presidente do Senado porque eu retiro a minha 
candidatura. E eu não vou me submeter a isso". Depois da desistência de Renan, alguns adversários 
tentaram fazer com que a votação fosse reiniciada e uma terceira tivesse início, mas não conseguiram.
Foi o caso, por exemplo, de Esperidião Amin, do PP de Santa Catarina.
Apesar da decisão pelo voto secreto, vários senadores declararam voto no microfone.
Antes da primeira votação, Major Olímpio (PSL-SP), Simone Tebet (MDB-MS) e Alvaro Dias 
(Podemos-PR) também desistiram da disputa.
Na sexta-feira 1/II, Tasso Jereissati, do PSDB do Ceará, também havia retirado a candidatura.

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