domingo, 6 de janeiro de 2019

PAULO GUEDES DEU PREJUÍZO DE R$ 22 MILHÕES AO FUNDO DE PENSÃO DA CAIXA


Paulo Guedes foi “fiador” de empresa suspeita de fraude Negócios causaram prejuízo a fundos 
de pensões de estatais.
247 - O Ministério Público Federal (MPF) avalia uma série de documentos elaborados por fundos de 
pensão que apontam que o ministro da Economia, Paulo Guedes, teria atuado como fiador de uma 
série de negócios suspeitos de fraude com entidades de previdência patrocinadas por estatais por 
meio de uma de suas empresas. Guedes é investigado em três inquéritos pela suspeita de gestão 
temerária ou fraudulenta devido a captação e aplicação de recursos da ordem de R$ 1 bilhão feita 
junto a sete fundos de pensão. Somente a Funcef, fundo de previdência dos funcionários da Caixa, 
teria tido prejuízos de R$ 22 milhões nas aplicações geridas por Guedes.
Segundo um dos relatórios, elaborado pela Funcef, a suposta experiência da Guedes compensaria a 
falta de garantias e segurança dos investimentos. Ali, o atual ministro é apontado como um elemento 
essencial no controle e destinação dos recursos disponibilizados e que ele teria participação ativa na 
elaboração de estratégias de investimentos e desinvestimentos.
Além de atuar junto ao Funcef, Guedes também atuou junto aos fundos de pensão do Banco do 
Brasil(Previ), Petrobrás (Petros) e Correios (Postalis). O montante de R$ 1 bilhão teria sido alocado 
nos fundos de investimento em participações (FIPs) BR Educacional Gestora de Ativos e Brasil de 
Governança Corporativa.
A BR Educacional e Brasil Governança Corporativa foram criados pelo próprio Paulo Guedes e a 
suspeita investigada é que ele tenha obtido ganhos excessivos enquanto os reais investidores, os 
fundos de pensão, tenham tido prejuízos ou ganhos ínfimos.
Segundo as investigações do MPF, em 2009, a recém-criada BR Educacional teria captado milhões 
apesar de não ter nenhuma experiência para isso. Na ocasião, a empresa também havia recebido 
recentemente a autorização da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para atuar junto ao mercado 
financeiro.
A BR Educacional também é suspeita de ser uma "empresa de prateleira", tendo sido criada em 2009 
por um escritório de advocacia especializado na venda de CNPJs. A empresa, contudo, teria captado 
R$ 62,5 milhões sem ter patrimônio líquido, histórico de faturamento ou algum tipo de garantia. 
Pouco depois, porém, a BR Educacional teria alterado seu nome para FIP BR Educacional.
Guedes teria então atuado no conselho administrativo da empresa, responsável por receber o dinheiro 
dos fundos e ao mesmo tempo teria sido sócio majoritário da gestora responsável aplicação dos 
recursos, o que caracterizaria um conflito de interesses.
Por meio de nota, a defesa de Guedes nega as irregularidades investigadas e afirma "a legalidade e a 
correção de todos os investimentos dos fundos que, diga-se de passagem, têm sido lucrativos aos 
cotistas, incluindo os fundos de pensão".

Nenhum comentário: