quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

MORO FAZ DE CONTA QUE NÃO É COM ELE

Responsável por impedir a ida do ex-presidente Lula ao enterro do irmão Vavá, o ex-juizeco 
Sergio Moro, hoje ministro da Justissa, disse que não comentará a decisão da sua jauleira 
Carolina Lebbos, criticada por juristas por negar a Lula um direito humanitário. A Jauleira 
de Moro impediu a ida de Lula ao enterro do irmão porque a Polícia Federal, subordinada a 
Moro, negou condições técnicas de garantir a presença do ex-presidente no enterro; alvo de 
uma das maiores perseguições judiciais da história da humanidade, Lula seria presidente se 
não tivesse sido preso por Moro e já conta com mais de 500 mil assinaturas para ser Prêmio 
Nobel da Paz.
Agência Brasil: O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, disse hoje (30) que não 
cabe a ministros de Estado comentar determinações judiciais. Segundo ele, decisões da Justiça têm 
de ser executadas. O ministro participa de cerimônia de anúncio das ações interministeriais para 
garantir o escoamento da safra de 2018/2019.
"As decisões judiciais têm que ser cumpridas. Têm que ser respeitadas", disse o ministro. "Não cabe 
a ministro do Poder Executivo aprovar ou censurar decisão judicial. Não é o papel dele."
Moro se referiu à decisão da juiza federal Carolina Lebbos, da 12ª Vara Criminal em Curitiba, que 
negou o pedido do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de deixar a cela da Superintendência da 
Polícia Federal, na capital paranaense, para ir ao enterro do irmão Genival Inácio da Silva, conhecido 
como Vavá, que morreu ontem (29), em decorrência de um câncer no pulmão.
O ministro, que é ex-juiz federal, foi questionado se o veto ao pedido da defesa de Lula fere a 
legislação, Moro se limitou a balançar o dedo, sugerindo "não". O gesto, no entanto, também podia 
representar sua recusa em comentar a decisão.
Este foi o segundo pedido da defesa do ex-presidente para comparecer a um enterro negado pela 
Justiça. Em dezembro de 2018, Lula também foi impedido de ir ao sepultamento do ex-deputado 
petista Sigmaringa Seixas (DF).

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