sábado, 26 de janeiro de 2019

Ministro que negou habeas corpus a Lula recebeu propina, diz ex-presidente da OAS


O ex-presidente da empreiteira OAS Léo Pinheiro, em delação à lava jato, afirmou que pagou R$ 1 
milhão em propina para o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Humberto 
Martins.
Atual corregedor Nacional de Justiça no CNJ, Martins é quem negou há um ano habeas corpus 
estava na iminência de ser preso pela lava jato.
A propina delatada pelo ex-presidente da OAS e a negação do habeas corpus ao ex-presidente Lula, 
porém, não tem nexo causal. São eventos distintos.
Segundo delação de Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS, a propina foi paga em troca de ajuda com 
um recurso que tramitava no STJ.
O esquema teria sido intermediado pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL) e o dinheiro recebido 
por meio do filho do ministro, o advogado Eduardo Filipe Alves Martins, que inicialmente pediu R$ 
10 milhões.
O recurso em questão foi proposto pela OAS contra uma decisão do TJ (Tribunal de Justiça) da 
Bahia, que deu ganho de causa à Prefeitura de Salvador em ação da empreiteira em razão de créditos 
da obra do canal Camurujipe.
A delação premiada assinada pela Procuradoria Geral da República (PGR) ainda depende da 
homologação do Supremo Tribunal Federal (STF).

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