Em vez de mandar investigar as ameaças de morte que levaram um parlamentar ao exílio, Jair
Bolsonaro, secundado por seu filho Carlos, manifestou-se na manhã desta sexta tentando
transformar a facada de setembro de 2018 em Juiz de Fora num atentado político do PSOL, o
partido do deputado exilado Jean Wyllys; ação de Jair Bolsonaro, que é presidente da
República, tem o objetivo de deteriorar ainda mais o ambiente político do país; com a ação, o
clã presidencial estimula as campanhas de perseguição e violência no país, busca transformar a
facada num ato político e criminalizar o PSOL, enquanto tenta desviar a atenção dos reais
motivos que levaram Wyllys ao exílio.
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Ás 7h16 desta sexta, Jair Bolsonaro (presidente da República) postou um tweet que, introduzido pela
frase "Alguns passos de Adélio Bispo, ex-filiado do PSOL, o criminoso que tentou matar Jair
Bolsonaro", reproduz um meme sobre o caso no qual o nome do partido, PSOL, é mencionado nada
menos que cinco vezes. Veja:
O tweet de Bolsonaro pai foi antecedido, no começo da manhã (às 5h50) por outro de seu filho
Carlos, que afirma: "Esfaqueador de Bolsonaro esteve na Câmara dos Deputados, anexo 4, no dia 6
de agosto de 2013 e qualquer um sabe que era filiado ao PSOL". O movimento político de ambos é o
mesmo. Veja:
As instituições do país irão embarcar na jogada política do clã presidencial e mergulhar o Brasil em
tempos ainda mais tenebrosos? A manifestação do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM),
sobre o exílio de Jean Wyllys dá a entender que os Bolsonaro estã isolando-se cada vez mais. Em vez
de comemorar o exílio e incentivar ameaças e campanhas persecutória, Maia afirmou em nota que
"nenhum parlamentar pode se sentir ameaçado, ninguém pode ameaçar um deputado federal e sentir-
se impune".
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