segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

DOBRADINHO: BOLSONARO CHAMOU OS ISRAELENSES: MILITARES BRASILEIROS ESTÃO EM TUDO MENOS AONDE PRECISARIA


POR FERNANDO BRITO
Chama a atenção nas imagens onipresentes da cobertura da mídia sobre o desastre de Brumadinho o
fato de quase não aparecerem mas atividades de resgate militares do Exército Brasileiro.
Os helicópteros que vi trabalhando no resgate eram quase todos dos bombeiros e alguns 
aparentemente civis.
A contrário a toda hora, hoje, se fala dos 130 militares israelenses que estão voando para apoiar as 
buscas.
No site do Exército, até a manhã deste domingo, 48 horas após o rompimento da barragem, nenhum 
comunicado oficial sobre a mobilização, apenas links para jornais que noticiam uma nota oficial 
divulgada sexta-feira que fala no emprego de um helicóptero Jaguar e diz que estão “na situação de 
“prontidão para emprego imediato” 930 militares.
Muito, muito menos do que se empregou na intervenção em operações de segurança pública ou dos
E não estamos falando numa área remota: o local do acidente fica a apenas 60 km de Belo Horizonte, 
que tem toda a infraestrutura para receber um deslocamento de tropas e equipamentos.
Divulgada cinco horas depois do acidente, a nota fala que o helicóptero – e dois outros da FAB e da 
Marinha” iriam pousar no aeroporto de Confins para também “dar apoio ao transporte do presidente 
da República, Jair Bolsonaro, na manhã do sábado (26)”.
A ação imediata, ainda mais onde o socorro, como acontece agora, pode ter de ser suspenso por 
riscos de novos rompimentos ou mesmo por mau tempo, é essencial.
Já que se fala tanto em “intervenção militar”, seria uma oportuna ocasião de vermos isso acontecer 
em Brumadinho.
Capacidade os militares têm. O que falta?
PS. Agora, às 17 horas de domingo, dois helicopteros do Exército deram o ar da graça em 
Brumadinho, Um pousou na lama e depois decolou, o outro passou a grande altitude.

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