quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

COLUNISTA DO GLOBO DESMENTE OS FARSANTES DO MEC SOBRE SUMIÇO DE VÍDEOS



A notícia divulgada pelo colunista Ancelmo Góis, do jornal O Globo, de que o Ministério da 
Educação (MEC) retirou do ar vídeos referentes a Marx, Engels e Nietzche de seu site causou 
profunda no governo, que reagiu com um ataque violento ao jornalista; em nota divulgada 
MEC nesta quarta e retuitada pelo presidente Jair Bolsonaro nesta quinta, o ministro da 
Educação, Vélez Rodrigues, acusa Ancelmo Gois de ser um "infiltrado da KGB" e de mentir a 
respeito do "sumiço" dos vídeos, atribuindo o desaparecimento à gestão anterior; no entanto, 
Ancelmo publicou hoje nova coluna apresentando as provas de que o desaparecimento dos vídeos ocorreu já na gestão Bolsonaro.

Em nota oficial, ministério da Educação chama jornalista de agente da KGB
O ministério da Educação divulgou uma nota em que adota um linguajar bolsonarista que chega a citar o antigo serviço secreto comunista, a KGB, e a União Soviética, para atacar o jornalista Ancelmo Gois, do jornal O Globo, que divulgou em sua coluna o sumiço dos vídeos com a temática de esquerda que estavam sob a guarda do MEC; no intuito de desqualificar seu trabalho, o MEC recorreu à retórica simplista anticomunista, chegando a sugerir que Gois fosse um agente da KGB
A notícia divulgada pelo colunista Ancelmo Góis na terça-feira (29), do jornal O Globo, de que
o Ministério da Educação (MEC) retirou do ar vídeos referentes a Marx, Engels e Nietzche de seu 
site causou profunda irritação no governo, que reagiu com um ataque violento ao jornalista. Em nota 
divulgada MEC nesta quarta e retuitada pelo presidente Jair Bolsonaro nesta quinta, o ministro da 
Educação, Vélez Rodrigues, acusa Ancelmo Gois de ser um "infiltrado da KGB" e de mentir a 
respeito do "sumiço" dos vídeos, atribuindo o desaparecimento ao governo Temer. No entanto, 
Ancelmo publicou nesta quinta (31) nova coluna apresentando as provas de que o desaparecimento 
dos vídeos ocorreu já na gestão Bolsonaro.
A nota retuitada por Bolsonaro:

Segundo a nota do MEC distribuída por Bolsonaro, "a apuração preliminar já identificou, entretanto,
que os vídeos foram retirados em abril e em novembro de 2018", retirando a responsabilidade do 
governo que tomou posse dia primeiro de janeiro, atribuindo a responsabilidade ao governo Temer 
(aqui). A nota é de uma violência inaudita. Acusa Ancelmo de ter, quando jovem, "foi treinado em 
marxismo e leninismo na escola de formação de jovens quadros do Partido Comunista Soviético 
(sic)". A KGB já não existe há quase 30 anos e as "acusações" a Ancelmo referem-se a fatos que 
teriam ocorrido há mais de 50 anos.
O jornalista desmentiu a versão apresentada pelo governo. Em sua coluna, ele informou: "Os vídeos 
ainda estavam no ar no mínimo até 2 de janeiro deste ano. O que a coluna fez foi consultar o cache 
do Google. É um tipo de 'histórico' onde é possível ver versões anteriores de uma página. Veja 
abaixo por exemplo que, em 2 de janeiro, ainda estava no ar o vídeo sobre Marx e, em 1 de janeiro, 
ainda constava o de Nietzche". 
Veja as imagens que comprovam a descrição de Ancelmo:
O detalhe da informação no cache do Google
Vídeo sobre Karl Marx estava no ar no mínimo até 2 de janeiro
Vídeo sobre Friedrich Nietzche estava no ar no mínimo até 1 de janeiro

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