O apoio na Câmara previsto pelo competente Diap deverá se reproduzir no Senado, na hora
em que a onça for beber água: quando a Casa Grande quiser.O que o Legislativo e o Executivo
decidirem será religiosamente sacramentado pelo Supremo, que, como sempre, se curvará à
força do poder reinante. O que o eleitor decidiu em 2018 se tornará lei. Não adianta chorar o
leite que os derrotados - e encarcerados - derramaram. O jeito é cada qual lutar como puder. E
tentar ganhar as próximas eleições. O que será muito difícil.
Jornal GGN - Um levantamento feito pelo Diap (Departamento Intersindical de Assessoria
Parlamentar) indica que o governo Bolsonaro terá "apoio consistente" de 255 deputados e
uma oposição de 141 parlamentares - a resistência é menor do que tiveram apenas
Fernando Collor e Lula em seu primeiro governo.
Além disso, as eleições de 2018 resultaram na ascensão de parlamentares de direita e
centro-direita que totalizam 302 dos 513 membros da Casa.
O Diap traça o apoio no início de cada legislatura baseando-se na posição ideológica dos
partidos. Até agora, apenas o PR declarou adesão formal ao governo. O PTB, de tradição
governista, ficou com Bolsonaro desde o segundo turno da eleição, mas não se manifestou
oficialmente. O PRB anunciou que não integrará a base, mas concorda com ideias do
governo.
Segundo o Diap, para aprovar reformas como a da Previdência, por exemplo, o governo
precisará de, no mínimo, 308 votos. O ex-presidente Michel Temer (MDB) tinha a maior
base parlamentar, segundo o Diap: 358 deputados. Mas, ainda assim, não conseguiu apoio
para emplacar uma reforma da Previdência.
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