quarta-feira, 9 de janeiro de 2019

MAU HUMORADO, BOLSONARO PEGA O TWITTER E COMEÇA O DIA AMEAÇANDO MIGRANTES


Um dia depois de o governo 
comunicar oficialmente à 
ONU a saída do país do 
Pacto Global para a 
Migração, Jair Bolsonaro 
abriu o dia ameaçando os 
migrantes em um tweet às 
5h57; com o título "Não ao 
Pacto Migratório", o 
presidente diz que "não é 
qualquer um que entra em 
nossa casa, nem será 
qualquer um que entrará no 
Brasil via pacto adotado por 
terceiros"; o tweet ignora 
que o Brasil havia aderido ao 
paco em dezembro, 
assim como dois terços  dos193 países integrantes do sistema das Nações Unidas; 
Bolsonaro passa a falsa impressão de que o Brasil estaria sendo 
um destino procurado em massa por migrantes de todo o 
mundo, o que não é verdade.
Jornal GGN - Em mais uma demonstração de truculência e desconhecimento, e ainda 
alinhado com a campanha eleitoral, Jair Bolsonaro confirmou a revogação da adesão do 
Brasil ao Pacto Global para Migração Segura,Ordenada e Regular. 
Pelo Twitter, como sempre, afirmou  que a iniciativa foi motivada para preservação 
dos valores nacionais. “O Brasil é soberano para decidir se aceita ou não migrantes”, disse 
ele. E finalizou em letras gritadas "Não ao pacto migratório".
Depois justificou a decisão. “Quem porventura vier para cá deverá estar sujeito às nossas
leis, regras e costumes, bem como deverá cantar nosso hino e respeitar nossa cultura. Não
é qualquer um que entra em nossa casa, nem será qualquer um que entrará no Brasil via
pacto adotado por terceiros."
Sua decisão foi comunicada ao Ministério das Relações Exteriores que, por seu turno,
orientou o corpo diplomático a transmiti-la à Organização das Nações Unidas. O Brasil
aderiu ao pacto em dezembro de 2018.
Junto com Ernesto Araújo, o chanceler, Bolsonaro já havia criticado os termos do pacto. No
dia 2, em Brasília, em providencial reunião com o secretário de Estado dos Estados Unidos,
Mike Pompeo, o presidente eleito afirmou que tinha intenção em tirar o Brasil do pacto.
Bolsonaro afirmou que o país vai adotar critérios rigorosos para a entrada de imigrantes. E
já disse que 'quem não passasse pelo crivo' não entraria no país. Já o chanceler entende
que o pacto é um 'instrumento inadequado para lidar com o problema'. "A imigração não
deve ser tratada como questão global, mas sim de acordo com a realidade e a soberania de
cada país".
O pacto foi fechado em 2017 e chancelado em 2018, estabelecendo orientações específicas
para o recebimento de imigrantes, preservando o respeito aos direitos humanos sem
associar nacionalidades. Dos 193 países integrantes, 181 aderiram ao acordo. Somente
Estados Unidos e Hungria foram contrários e República Dominicana, Eritreia e Líbia se
abstiveram.
O pacto global aponta quatro objetivos principais: aliviar a pressão sobre os países
anfitriões, aumentar a autossuficiência dos refugiados, ampliar o acesso a soluções de
países terceiros e ajudar a criar condições nos países de origem, para um regresso dos
cidadãos em segurança e dignidade.

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