sexta-feira, 4 de janeiro de 2019

Após 60 anos, Cuba é um país livre, independente e dono do seu destino, diz Raúl em aniversário da Revolução

Raúl discursou durante cerimônia de 60 anos da Revolução Cubana, em Santiago de Cuba, e 
não deixou de comentar o fim da participação de Cuba no programa Mais Médicos e 
afirmou que novo governo do Brasil serve a interesses da ultradireita da Flórida.
O ex-presidente de Cuba Raúl Castro disse, durante discurso em comemoração aos 60 anos da 
Revolução Cubana – completados nesta terça-feira (01/01) –que o país, depois de seis décadas, é 
livre, independente e dono do seu destino.
“Após 60 anos de lutas, sacrifícios, esforços e vitórias, vemos um país livre, independente e dono de 
seu destino. Ao imaginar o amanhã, a obra realizada nos permite vislumbrar um porvir digno e 
próspero para a pátria”, afirmou.
O evento aconteceu no Cemitério de Santa Ifigênia, onde se encontram os mausoléus de líderes
revolucionários como Fidel Castro, José Martí e outros. O presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, 
que sucedeu a Raúl, também estava presente.
“O povo heroico de ontem e hoje, orgulhoso de sua história, comprometido com seus ideais e a obra 
da Revolução, soube resistir e vencer nas seis décadas ininterruptas defendendo o socialismo”, disse 
Raúl. “A autoridade política e moral de Cuba está sustentada na história”.
“A Revolução não envelheceu”, disse, ao falar sobre o papel da juventude do país. “Sentimo-nos 
profundamente satisfeitos, felizes e confiantes ao ver, com nossos próprios olhos, como as novas 
gerações assumem a missão de construir o socialismo, “única via para a independência”.
Brasil
Raúl também comentou o fim da participação de Cuba no programa Mais Médicos, do qual Havana 
se retirou por não concordar com as exigências do hoje presidente brasileiro Jair Bolsonaro.
“Há poucas semanas, retornaram dignamente, com o reconhecimento e o carinho de milhões de 
pacientes, sobretudo os em zonas rurais e populações indígenas, milhares de médicos cubanos que 
prestaram serviços no Brasil, a quem o novo presidente caluniou e repudiou, com o propósito de 
destruir esse programa social e, assim, cumprir as orientações da ultradireita da Flórida, que 
sequestrou a política dos EUA com Cuba para o beneplácito das forças mais reacionárias do atual 
governo norte-americano”, afirmou.
O ex-presidente cubano também pediu que se cessem o que classificou como “ataques” às ex-
presidentes Dilma Rousseff, do Brasil, e Cristina Kirchner, da Argentina.
Promoveram processos judiciais arranjados e motivados politicamente, assim como campanhas de 
manipulação e descrédito contra dirigentes e organizações de esquerda, fazendo uso do controle 
monopólico sobre os meios de difusão massiva. Desta forma, conseguiram encarcerar o companheiro 
Lula da Silva e o privaram do direito de ser candidato presidencial do Partido dos Trabalhadores, 
para evitar sua vitória segura nas últimas eleições. Aproveito a ocasião para fazer um chamamento a 
todas as forças políticas honestas do planeta para pedir sua liberação e que cessem os ataques e a 
perseguição judicial contra as ex-presidentes Dilma Rousseff e Cristina Fernandéz de Kirchner”.

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