quarta-feira, 26 de dezembro de 2018

ENQUANTO BOLSONARO PROCURA EM ISRAEL...BRASILEIRA, NEGRA,GANHOU PREMIO INTERNACIONAL POR DESSALINIZAÇÃO


Com grande alarde, o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) anunciou nesta terça-feira (25) 
parceria com Israel para dessalinizar a água do mar na região Nordeste do país; na manhã 
desta quarta-feira (26), Fernando Haddad (PT-SP) lembrou de Nadia Ayad, "brasileira negra, 
participante do Ciência sem Fronteiras", que ganhou prêmio internacional ao criar sistema de 
dessalinização de água com grafeno
O oba-oba de Jair Bolsonaro, ajudado pela mídia, em torno da “parceria” entre Brasil e Israel para 
projetos de dessalinização da água no Nordeste foi desmascarado pelo DCM.
Um programa foi implementado em 2004. A técnica é usada em nove estados.
Bolsonaro está festejando um ótimo negócio para as empresas israelenses.
O astronauta ministro Marcos Pontes vai à terra do amigo Netanyahu conhecer uma tecnologia que 
rendeu prêmio internacional a uma brasileira chamada Nadia Ayad.
Nadia é negra e filha de sudaneses.
O site Conexão Planeta contou essa história em 2017 em matéria assinada por Suzana Camargo:
Tido como uma matéria-prima revolucionária, o grafeno é um derivado do carbono, extremamente 
fino, flexível, transparente e resistente (200 vezes mais forte do que o aço). Considerado excelente 
condutor de eletricidade, é usado para a produção de células fotoelétricas, peças para aeronaves, 
celulares e tem ainda outras tantas aplicações na indústria.
Por ser considerado um dos materiais do futuro, ele foi escolhido como tema do Global Graphene 
Challenge Competition 2016, uma competição internacional promovida pela empresa sueca Sandvik, 
que busca soluções sustentáveis e inovadoras ao redor do mundo.
E a brasileira Nadia Ayad, recém-formada em engenharia de materiais pelo Instituto Militar de 
Engenharia (IME), do Rio de Janeiro, foi a grande vencedora do desafio. Seu projeto concorreu com 
outros nove trabalhos finalistas.
Nadia criou um sistema de dessalinização e filtragem de água, usando o grafeno. Com o dispositivo, 
seria possível garantir o acesso à água potável para milhões de pessoas, além de reduzir os gastos 
com energia e a pressão sobre as fontes hídricas.
“Com a crescente urbanização e globalização no mundo e a ameaça das mudanças climáticas, a 
previsão é de que num futuro não muito distante, quase metade da população do planeta viva em 
áreas com pouquíssimo acesso à água”, afirma Nadia. “Há uma necessidade real de métodos 
eficientes de tratamento de água e dessalinização. Pensei que a natureza única do grafeno e suas 
propriedades, incluindo seu potencial como uma membrana de dessalinização e suas propriedades de 
peneiração superiores, poderiam ser parte da solução”.
Como prêmio, a estudante carioca fará uma viagem até a sede da Sandvik, na Suécia, onde 
encontrará pesquisadores e conhecerá de perto algumas das inovações e tecnologias de ponta sendo 
empregadas pela empresa. Ela visitará ainda o Graphene Centre da Chalmers University.
Esta não será a primeira experiência internacional de Nadia. A engenheira brasileira já tinha 
participado do programa do governo federal Ciências Sem Fronteiras, quando estudou durante um 
ano na Universidade de Manchester, na Inglaterra. Agora ela pretende fazer um PhD nos Estados 
Unidos ou Reino Unido, pois acredita que, infelizmente, terá mais oportunidades para realizar 
pesquisas no exterior do que no Brasil.
VÍDEO: O programa de dessalinização da água que existe 
desde 2004 no Nordeste

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