"Pesa sobre ele um sombrio e desalentador cenário"
247 - O advogado Ricardo Nacle ingressou com uma ação popular para barrar a nomeação de
Ricardo Salles para comandar o Ministério do Meio Ambiente no governo de Jair Bolsonaro. Salles
foi condenado em primeira instância por improbidade administrativa por irregularidades praticadas
durante sua permanência à frente da Secretaria de Meio Ambiente de São Paulo, no governo de
Geraldo Alckmin (PSDB).
Na ação, impetrada na última sexta-feira (21), Nacle observa que pesa sobre Salles "um sombrio e
Na ação, impetrada na última sexta-feira (21), Nacle observa que pesa sobre Salles "um sombrio e
desalentador cenário apto a comprometer, seriamente, o predicado da moralidade do indicado para o
cargo de confiança". "O corréu Ricardo Salles, futuro ministro do Meio Ambiente, longe está,
lamentavelmente, de atender ao conceito estrito da moralidade administrativa, exigido para o
exercício dos cargos comissionados", completa o advogado.
"Não se cuida, pois, de mera propositura de uma ação judicial qualquer. Trata-se, de fato, de uma
"Não se cuida, pois, de mera propositura de uma ação judicial qualquer. Trata-se, de fato, de uma
ação civil pública ambiental e de improbidade administrativa da qual resultou a condenação do
corréu por práticas ilegais ao meio ambiente e ao princípio da legalidade", ressalta o texto da ação.
Salles foi condenado no dia 18 deste mês pelo juiz Fausto José Martins Seabra, da 3.ª Vara da
Fazenda Pública de São Paulo. Segundo o Ministério Público, ele teria favorecido empresas de
mineração em 2016, ao alterar os mapas de zoneamento do Plano de Manejo da Área de Proteção
Ambiental (APA) do Rio Tietê. Além da condenação por improbidade, o magistrado determinou a
suspensão dos direitos políticos de Salles por três anos, além do pagamento de multa e da proibição
de contratar com o Poder Público.
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