sexta-feira, 16 de novembro de 2018

PRINCIPAL CABO ELEITORAL DE BOLSONARO, MORO É EXONERADO DO CARGO DE JUIZ


Mais uma manobra jurídica do novo ministro da Justiça, Sérgio Moro, para prejudicar o ex-
presidente Lula; o juiz federal pediu exoneração de seu cargo nesta sexta-feira (16); "Menos de 
48 horas após depoimento de Lula, Moro pede exoneração do cargo de juiz; ele havia entrado 
com pedido de férias para impedir que o processo de Lula fosse redistribuído; assim,manteve o controle do caso do sítio, por meio de sua juíza substituta"

247 - O juiz federal Sergio Moro pediu exoneração de seu cargo nesta sexta-feira (16) e a solicitação
foi aceita pelo presidente do TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região). Segundo o Tribunal, o 
ato de exoneração de Moro terá vigência a partir de segunda-feira (19), quando ele deixará de ser 
juiz de fato. O magistrado abriu mão do cargo para ser ministro da Justiça do governo do presidente 
eleito, Jair Bolsonaro. 
Com pressa, Moro diz ter pedido a exoneração para que possa "assumir de imediato um cargo 
executivo na equipe de transição da Presidência da República e sucessivamente ao cargo de Ministro 
da Justiça e da Segurança Pública". 
Principal cabo eleitoral de Bolsonaro, Moro influenciou o processo eleitoral ao perseguir e manter 
Lula sob cárcere. Sua indicação ao ministério da Justiça é considerado por muitos analistas como "a 
cereja do bolo que faltava", uma espécie de condecoração pelos serviços prestados para a ascensão 
da extrema-direita no País. 
Cronologia dos fatos: Moro condenou Lula sem provas
Como bem relembrou a jornalista Tereza Cruvinel em artigo, "É preciso recordar que, para garantir 
sua condenação, a Lava Jato buscou caprichosamente a delação de Leo Pinheiro, numa sequência de 
fatos já esquecidos que não deixam dúvidas sobre o objetivo: sem provas, só a delação permitiria a 
condenação de Lula, e por decorrência, sua inelegibilidade".
O escândalo do Habeas Corpus
O juiz federal Sérgio Moro admitiu que estava fora de sua competência como magistrado quando 
atuou para manter o ex-presidente Lula preso, atropelando uma ordem judicial de soltura emitida 
pelo desembargador do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TR4), Rogério Favreto, em julho.
A admissão se dá em um trecho da defesa apresentada ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que 
abriu um procedimento para investigar suposta má conduta de Moro no episódio. O juiz de Curitiba 
afirma que tomou a decisão de despachar contra a soltura de Lula, mesmo de férias, como 
"autoridade apontada, ainda que erroneamente".
"Entendi que estava diante de situação urgente e que cabia a mim, como juiz natural da ação penal e 
como autoridade apontada, ainda que erroneamente, como coatora, proferir a decisão acima 
transcrita a fim de informar e consultar o relator natural da ação penal e do habeas corpus acerca do 
que fazer diante do aludido dilema, tendo, sucessivamente, prevalecido o entendimento de que a 
prisão não poderia ser revogada, como foi, por autoridade judicial absolutamente incompetente", 
escreveu.
A bomba da delação de Palocci
Durante as eleições presidenciais, Moro quebrou o sigilo de parte do acordo de colaboração de 
Antonio Palocci com a Polícia Federal, numa clara tentativa de prejudicar o PT no processo eleitoral.
Por essas e outras, Mouro foi condecorado como ministro da Justiça e hoje pede exoneração de seu 
cargo. Uma bela demonstração de fidelidade ao fascismo.

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