Entre 4 e 14 de novembro, atingidos vão percorrer o mesmo trajeto da lama com manifestações
em 13 municípios. Barragem derramou 8,3 milhões de metros cúbicos de lama que percorreu
cerca de 650 km entre Mariana (MG) e Linhares (ES) / Yasuyoshi Chiba / AFP.
Atingidos por barragem da Samarco marcham para marcar os
Atingidos por barragem da Samarco marcham para marcar os
Brasil de Fato | Júlia Rohden
No dia 5 de novembro, completam-se três anos do rompimento da barragem de rejeitos de Fundão,
da mineradora Samarco, controlada pela Vale e pela BHP Billiton, considerado o maior desastre
socioambiental do Brasil. Os moradores atingidos pelo rompimento da barragem realizam uma
marcha, percorrendo o mesmo trajeto da lama de rejeitos de minério de ferro, entre Mariana (MG) e
Vitória (ES).
Pablo Dias, da coordenação nacional do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), explica
que o intuito é denunciar a lentidão e a injustiça na reparação de danos. “O crime, desde a data de
rompimento, iniciou uma série de violações de direitos humanos e de mudanças profundas na vida
das pessoas que foram atingidas. Mas é um crime que não se encerra com o fim da passagem da
lama, continua até hoje. Seja pela lentidão do processo de reparação das famílias ou pelas novas
situações de violação que acontecem” explica.
A marcha “Lama no Rio Doce: 3 anos de injustiça” tem início no próximo domingo (4), com um
encontro de mulheres que debate as consequência do rompimento da barragem na vida das famílias
na Bacia do Rio Doce. Os atingidos vão percorrer outros dez municípios com manifestações, atos
culturais, celebrações religiosas e assembleias até a chegada em Vitória, no dia 14 de novembro.
Danos sem reparação
A barragem de rejeitos da mineradora Samarco rompeu no dia 5 de novembro de 2015, liberando
48,3 milhões de metros cúbicos de água e rejeitos de mineração. A lama causou a morte de 19
pessoas (moradores e funcionários da empresa), destruiu distritos do município de Mariana e atingiu
diversas comunidades em 43 municípios até a foz do Rio Doce, no município de Linhares.
A barragem de rejeitos da mineradora Samarco rompeu no dia 5 de novembro de 2015, liberando
48,3 milhões de metros cúbicos de água e rejeitos de mineração. A lama causou a morte de 19
pessoas (moradores e funcionários da empresa), destruiu distritos do município de Mariana e atingiu
diversas comunidades em 43 municípios até a foz do Rio Doce, no município de Linhares.
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