sexta-feira, 26 de outubro de 2018

PAULO GUEDES, GURU (CAIXA) DE BOLSONARO, É ALVO DE NOVA INVESTIGAÇÃO DO MPF


O Ministério Público Federal abriu uma nova investigação contra Paulo Guedes, economista-
chefe e guru da campanha de Bolsonaro; suspeita é que Guedes tenha obtido "benefícios 
econômicos" por meio de "crimes de gestão temerária ou fraudulenta" referentes a 
investimentos de fundos de pensão que teriam rendido um faturamento de R$ 152,9 milhões a 
uma de suas empresas entre 2009 e 2014; nova denúncia junta-se à recente revelação de que 
empresários teriam bancado, por meio de caixa 2, um esquema ilegal para favorecer Bolsonaro 
nas redes sociais.

247 - O Ministério Público Federal do Distrito Federal (MPF-DF) abriu uma nova investigação 
contra o economista Paulo Guedes, cotado para o Ministério da Fazenda em um eventual governo do 
candidato de extrema direita Jair Bolsonaro (PSL) e principal conselheiro de sua campanha. MPF 
suspeita que Guedes tenha obtido "benefícios econômicos" por meio de "crimes de gestão temerária 
ou fraudulenta" referentes a investimentos de fundos de pensão. Guedes fio intimidado e deverá 
prestar depoimento sobre o caso no próximo dia 6 de novembro.
A suspeita do MPF é de que Guedes tenha aplicado o dinheiro de fundos de pensão de maneira 
irregular, resultando em prejuízos milionários para os aposentados dos fundos de pensão sob sua 
responsabilidade. A empresa do economista, que atua na gestão de investimentos, também teria 
cobrado taxas e comissões consideradas "abusivas", o que teria feito com que registrasse um 
faturamento da ordem de R$ 152,9 milhões entre os anos de 2009 e 2014. Dentre os principais 
fundos geridos por Guedes estão a Funcef, dos servidores da Caixa Econômica Federal; a Petros, de 
servidores da Petrobras; e a Previ, dos servidores do Banco do Brasil.
A defesa de Guedes rebate as suspeitas do MPF e alega que os investimentos geridos por ele teriam 
resultado em lucros "de mais de 50% do valor investido" pelos fundos de pensão e que as taxas 
cobradas seguiam as mesmas praticadas pelo mercado financeiro. Para o MPF, contudo, os fundos de 
pensão "poderiam ter obtido ganhos maiores sem essas ilicitudes".
O MPF já investiga as atividades de Paulo Guedes junto ao mercado financeiro desde o dia 2 de 
outubro. Na primeira investigação aberta contra ele, apura a prática de gestão temerária ou 
fraudulenta no BR Educacional, o Fundo de Investimento em Participações (FIP), administrado por 
uma empresa pertencente ao economista com o mesmo nome, que teria captado recursos dos fundos 
de pensão de estatais para realizar investimentos na área de educação privada.
Para a defesa, a abertura da nova investigação "causa perplexidade que, a 72 horas das eleições, o 
Ministério Público instaure uma investigação para apurar um investimento que deu lucro aos fundos 
de pensão".

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