terça-feira, 2 de outubro de 2018

FLORESTAN: ESTÃO NOS TIRANDO A LIBERDADE DE EXPRESSÃO


Censurado pelo STF, o jornalista Florestan Fernandes Júnior afirma: "Já tiraram os direitos 
trabalhistas, querem tirar os direitos dos aposentados e agora estão nos tirando a liberdade de 
expressão"; "Eu me sinto muito frustrado, como jornalista, ao ser impedido de realizar meu 
trabalho e de fazer uma entrevista que iria para o mundo todo"; a entrevista de Lula a ele e 
Mônica Bergamo foi autorizado pelo ministro do STF Ricardo Lewandowski, mas depois veio 
censura inconstitucional imposta por Luiz Fux e Dias Toffoli, numa trama com Raul 
Jungmann, ministro da Segurança; assista a entrevista.

TV 247 - "Já tiraram os direitos trabalhistas, querem tirar os direitos dos aposentados e agora estão 
nos tirando a liberdade de expressão". É com esta frase que Florestan Fernandes Júnior define o atual 
momento do País. O jornalista concedeu entrevista à TV 247 nesta terça-feira (2), relatando a 
censura praticada pelo STF ao proibir que os veículos de comunicação Rede Minas, El País e Folha 
de S.Paulo entrevistassem o presidente Lula, na sede da Polícia Federal em Curitiba, no último 
sábado (29). 
Entenda o caso
Na última sexta (28), o ministro Ricardo Lewandowski autorizou a realização da entrevista com Lula 
aos três canais de imprensa. No mesmo dia, o ministro Luiz Fux suspendeu a decisão de 
Lewandowski e, agora, o presidente da Suprema Corte Dias Toffoli, decidiu manter a decisão de Fux 
até que o caso seja levado ao plenário do STF, com a colaboração do ministro da Segurança, Raul 
Jungmann
Reflexos do golpe

O jornalista afirma que o golpe de 2016 está retirando todos os direitos dos brasileiros: "Já tiraram as 
leis trabalhistas, querem tirar as garantias dos aposentados e agora estão nos tirando a liberdade de 
expressão", condena.
Florestan lembrou, ainda, que o Judiciário vazou a delação de Antônio Palocci, às vésperas das 
eleições, mas não permite que Lula se defenda.
Ele considera estranho silêncio por parte da mídia hegemônica, que tanto defende a liberdade de 
expressão. "Todos os veículos estão calados a respeito da censura cometida pelo STF", expõe.
"Comecei no jornalismo quando havia censura prévia, estou me sentindo no passado pior do Brasil", 
relata Florestan, relembrando os tempos da ditadura militar.
Próximos passos
Nesta quarta-feira (3) ocorrerá sessão no STF e a questão referente à entrevista poderá ser tratada no 
plenário. Florestan afirma que seus advogados estão reunidos sobre a pauta e que retornará a Curitiba 
se o encontro com Lula for liberado.
"Apesar de não ter muitas esperanças que a entrevista seja concedida, admiro e parabenizo o ministro 
Lewandowski pela sua coragem", conclui.

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