Por Eliane Brum, em suas redes sociais – Para mim não é fácil votar no PT. Para mim também não
é fácil expor o meu voto. É a primeira vez que eu o faço publicamente. E o faço porque compreendo
a gravidade deste momento histórico. Faço porque entendo que este não é um voto para um
candidato ou para um partido. Mas sim um voto contra a opressão, um voto em defesa de tudo aquilo
pelo qual lutei a minha vida inteira, um voto em defesa de todos os princípios que fizeram de mim
uma jornalista.
Leia, abaixo, um trecho de sua coluna: Favorito nas pesquisas de intenção de voto, o
presidenciável Bolsonaro suavizou o discurso nas últimas horas, talvez por ter percebido o quão
longe foi sua pregação linha-dura. Mas seu glossário, não é de hoje, comporta expressões afeitas
mais ao autoritarismo que ao diálogo; à intolerância, em vez da proteção às minorias (indígenas,
negros, mulheres, LGBTQs); à violência, não à cultura de paz. O colunista Elio Gaspari escreveu, na
última quarta-feira, no GLOBO e na “Folha de S.Paulo”: “Há casos em que o cidadão tem que traçar
a linha que não atravessará”. No meu caso, a fronteira imaginária separa direitos humanos da
barbárie; diversidade da supremacia; democracia do autoritarismo. Daqui não passo.
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