Com a Câmara Federal presidida por um dos filhos do presidente da República e o Senado pelo outro
filho, o Brasil virou uma dinastia militar-civil-teocrática desde que Jair Bolsonaro chegou ao poder.
A expressão “estado policial” é a exata tradução do que vivemos: violência, repressão e banhos de
sangue se tornaram parte do cotidiano do brasileiro.
Depois que o presidente Jair liberou as armas de fogo para toda a população, os atentados a bala,
antes raros no país, tornaram-se frequentes. A exemplo do que acontecia nos Estados Unidos de
Donald Trump, que não foi reeleito, pelo menos um massacre por mês é perpetrado. O número de
pessoas, muitas delas crianças, atingidas por tiros acidentais dentro de casa se multiplicou em 3000%.
A lista de animais em extinção já tem mais de 100 espécies desde que o ex-militar ocupou o poder e
extinguiu o ministério do Meio Ambiente. Com a caça “esportiva” liberada em todo o território
nacional, animais da fauna brasileira estão desaparecendo com uma rapidez nunca vista desde a
colonização do país pelos portugueses. Os órgãos de meio ambiente nada fazem, até porque uma das
primeiras ações de governo de Bolsonaro foi transformá-los em órgãos sem nenhum poder de
medo de sair de casa. O toque de recolher foi instituído em todas as regiões pobres das grandes
cidades. De acordo com pesquisas clandestinas, já que o governo controla os dados oficiais, o
número de jovens negros inocentes mortos em “autos de resistência” subiu 500% desde que
Bolsonaro concedeu excludente de ilicitude para os policiais, uma espécie de salvo-conduto para
matar. Parte da população, porém, não parece se solidarizar com as mães de família pobres que
perderam seus filhos. “Se morreu é porque alguma coisa fez”, defendem os bolsonaristas.
O número de jovens negros inocentes mortos em “autos de resistência” subiu 500% desde que Bolsonaro concedeu excludente de ilicitude para os policiais, uma espécie de salvo-conduto para matar
Mesmo com os cidadãos armados e a polícia
matando “suspeitos”, todos eles negros, a rodo,
os índices de criminalidade não param de subir,
impulsionados pelo aumento da desigualdade
social e da miséria. Expulsos de suas terras,
índios e quilombolas engrossam a multidão de
brasileiros desabrigados e sem casa para morar,
vivendo em barracos na periferia das grandes
cidades. Tampouco há quem os defenda, já que
os líderes dos sem-terra e dos sem-teto estão
presos acusados de “terrorismo” e as ONGs
foram proibidas de atuar em território nacional.
com os rumos do governo, já que o país perdeu vários mercados após o ex-deputado assumir a
presidência. Ao tirar o Brasil do acordo de Paris, Bolsonaro viu as portas da União Europeia se
fecharem para nossos produtos. E graças à atitude do presidente de apoiar Israel irrestritamente, os
pecuaristas perderam também as exportações para os países islâmicos, principais importadores da
carne e do frango brasileiros. A China também reduziu o comércio conosco devido às críticas de
Bolsonaro às empresas chinesas.
Ao tirar o Brasil do acordo de Paris, Bolsonaro viu as portas da União Europeia se fecharem para os produtos brasileiros. E graças à atitude do presidente de apoiar Israel irrestritamente, os pecuaristas perderam as exportações para os países islâmicosMas as entidades
ruralistas não podem reclamar, porque apoiaram
a iniciativa do PSL, partido do presidente, de
enfraquecer os sindicatos, acabando com a
unicidade sindical. As empregadas domésticas
voltaram a ser trabalhadoras de segunda classe,
porque Bolsonaro revogou a lei que as igualava
aos demais trabalhadores, com direito a carteira
assinada, férias remuneradas e 13º salário. Aliás,
nenhum trabalhador tem férias e 13º, e tampouco
conta com os sindicatos para pressionar o
governo: a lei de greve também foi revogada e os
protestos nas ruas só podem ocorrer com
autorização da polícia. Com o fim do 13º salário,
o comércio natalino foi destruído e muitas lojas
que apostavam no movimento da época
fecharam, aumentando o número de desempregados.
forma de castigo, parte da “repressão democrática” imaginada pelos assessores educacionais do
presidente. Nos livros escolares, a ditadura é chamada de “movimento” e aspectos positivos da
prática da tortura em seres humanos são apresentados aos alunos. À frente do Ministério da
Educação, um general concretiza o que a direita acusava o PT de fazer: doutrina criancinhas.
Professores que não aceitam os novos parâmetros curriculares são perseguidos e demitidos, como
Professores que não aceitam os novos parâmetros curriculares são perseguidos e demitidos, como
aconteceu nos EUA na época do macarthismo, graças à obrigatoriedade da aplicação do “Escola Sem
Partido” em toda a educação pública. Estudantes são estimulados a gravar e denunciar docentes que
fogem da cartilha. Os alunos também são obrigados a orar antes das aulas, de acordo com a Bíblia
protestante. Outras religiões não são aceitas. Nas aulas de ciências, ensina-se o criacionismo.
O desmatamento atinge níveis recordes. As
Nos livros escolares, a ditadura é chamada de “movimento” e aspectos positivos da prática de tortura em seres humanos são apresentados aos alunos. Os alunos são obrigados a orar antes das aulas e ensina-se o criacionismo nas aulas de ciências
O desmatamento atinge níveis recordes. As
previsões são de que a Amazônia, após a
permissão da exploração do parque Nacional do
Xingu por uma mineradora dos Estados Unidos,
seja reduzida a um quarto do tamanho nos
próximos dez anos. O presidente também
estabeleceu, via decreto, áreas para “desmate
legal” de madeira. Com isso, muitas árvores
amazônicas também entraram para a lista de
espécies em extinção.
LGBTs são caçados nas ruas por “esquadrões
LGBTs são caçados nas ruas por “esquadrões
bolsonaristas” e obrigados a se vestir de acordo
com as “normas de conduta” baixadas pela
presidência da República: para manter a “moral e
os bons costumes”, a polícia pode enquadrar em “atentado ao pudor” quem se vestir “em desacordo”
com o gênero de seu registro civil. Homossexuais não podem manifestar afeto abertamente nas ruas
e, ao se assumirem, ficam impedidos de ocupar cargos públicos. Se continuarem no armário, tudo
de acordo com seu nome social, marginalizando-os da sociedade.
O presidente também revogou a lei do feminicídio, que tipificou o crime que atinge mulheres por sua
condição de gênero. Com isso, este tipo de crime está cada vez mais em ascensão, dando o Brasil o
triste recorde de campeão mundial em feminicídios. O fato de o presidente ter defendido que apenas
armar as mulheres seria suficiente para diminuir mostrou-se falso, já que os ex-maridos e
companheiros também andam armados.
Com a venda da Petrobras para uma estatal norueguesa, os preços do combustível e do gás de
cozinha triplicaram em relação ao governo Dilma Rousseff, do PT. O litro da gasolina já custa 10
reais e o botijão sai por até 200 reais em algumas regiões, maior preço de toda a história. O preço do
diesel também explodiu, mas os caminhoneiros não podem protestar porque Bolsonaro sancionou
um projeto de sua própria autoria que pune com até 4 anos de cadeia quem obstruir estradas.
A Globo e a Folha, perseguidas por Jair Bolsonaro desde o primeiro dia no cargo, estão à beira da
falência. Os outros jornais, TVs e revistas que apoiaram abertamente sua campanha mostram apenas
os aspectos favoráveis do governo, aprovadas por um “supervisor” da própria empresa de
comunicação. “É preciso transmitir otimismo, isso é bom para o país”, justificam os donos da mídia.
Os veículos alternativos foram proibidos, acusados de disseminar “fake news”.
O litro da gasolina já custa 10 reais e o botijão sai por até 200 reais. O diesel também explodiu, mas os caminhoneiros não podem protestar porque Bolsonaro sancionou um projeto de sua própria autoria que pune com até 4 anos de cadeia quem obstruir estradas
A perseguição a pessoas de esquerda é cotidiana,
como prometeu o candidato durante a campanha:
“ou vão para fora ou vão para a cadeia”. Uma
reforma política extinguiu o PT e o PCdoB foi
proibido de usar a palavra “comunista” em sua
sigla. Um projeto do filho do presidente, o
deputado Eduardo Bolsonaro, tornou crime o
comunismo no país. Utilizar os símbolos da foice
e do martelo já é motivo suficiente para ir para a
prisão.
Líderes opositores e cidadãos comuns fazem fila
Líderes opositores e cidadãos comuns fazem fila
diante das embaixadas de países europeus em
busca de asilo, enquanto a propaganda
governamental repete o slogan da ditadura, ops,
do movimento militar: “Brasil, ame-o ou deixe-
o”. Lá fora, o país já é conhecido pela alcunha de
“as Filipinas da América do Sul”.
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