O ministro do STF Ricardo Lewandowski autorizou o ex-presidente Lula a conceder entrevista
para a Folha de S.Paulo; TSE negou um recurso impetrado pela Coligação "O Povo Feliz de
Novo (PT/PCdoB/PROS)" e manteve o ex-presidente proibido de gravar áudios e vídeos, para
a propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão da campanha de Fernando Haddad;
Lewandowski também permitiu que Lula conceda entrevista ao jornalista Florestan Fernandes
Júnior, que apresenta o programa Voz Ativa, da Rede Minas
247 - O ministro do Supremo Tribunal Federal Ricardo Lewandowski autorizou o ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva a conceder entrevista para a Folha de S.Paulo. Ele está preso desde 7 de abril,
após ter ordem de prisão emitida sem o esgotamento de todos os recursos judiciais. O Tribunal
Superior Eleitoral (TSE), por seu turno, negou, na quarta-feira (26), um recurso impetrado pela
Coligação "O Povo Feliz de Novo (PT/PCdoB/PROS)" e manteve o ex-presidente proibido de gravar
áudios e vídeos, para a propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão do presidenciável
Fernando Haddad (PT). Lewandowski também que Lula conceda entrevista ao jornalista Florestan
Fernandes Júnior. Lula pode gravar entrevistas para o programa Voz Ativa, da Rede Minas,
apresentado por Florestan. A principal liderança popular do Brasil também poderá conceder
entrevistas para o El País e para a Rádio Inconfidência (MG).
Em despacho, Lewandowski libera o jornalista acompanhado dos equipamentos necessários à
captação de áudio, vídeo e fotojornalismo, caso seja do interesse do ex-presidente. "Julgo procedente
a reclamação para cassar a decisão reclamada, nos termos do art. 992 do CPC, restabelecendo-se a
autoridade do STF exarada da decisão no acórdão da ADPF 130/DF, determinando que seja
franqueado ao reclamante e à equipe técnica, acompanhados dos equipamentos necessários à
captação de áudio, vídeo e fotojornalismo, o acesso ao ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva a fim
de que possa entrevistá-lo, caso seja de seu interesse", diz o ministro na decisão.
Neste mês de setembro, o ministro do TSE Sérgio Banhos havia rejeitado um pedido de Lula para
gravar áudios e vídeos destinadas à propaganda eleitoral. A mesma decisão havia sido tomada em
julho pela juíza Carolina Lebbos, responsável pela execução da pena dele na Operação Lava Jato.
A impossibilidade de o ex-presidente gravar vídeos de dentro da prisão em Curitiba (PR) já haviam
chamado a atenção da Organização das Nações Unidas (ONU), que, em agosto, pediu ao Estado
brasileiro que garantisse os direitos políticos de Lula até a análise de todos os recursos judiciais, o
que não foi acatado pelo Judiciário.
Mesmo preso, Lula já recebeu diversas manifestações de solidariedade no Brasil e no mundo, em
países como Portugal, Espanha, Argentina, Estados Unidos e México. Sem poder gravar vídeo e
conceder entrevistas, o ex-presidente agora vê a sua transferência de votos dar cada vez mais
resultado. Haddad aparece na segunda posição nas pesquisas eleitorais e já ganha do líder Jair
Bolsonaro (PSL) no segundo turno
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