terça-feira, 4 de setembro de 2018

O INFERNO DOS ROBÔS NA REDE, SÓ BOLNOSSAURO TEM 400 MIL ROBÔS COMO SEGUIDORES NO TWITTER


Cerca de 33% dos perfis que seguem o candidato Jair Bolsonaro (PSL) são perfis falsos 
controlados por computadores. É o que aponta um recente levantamento realizado pelo instituto 
InternetLab, cujo intuito foi analisar os seguidores dos presidenciáveis no Twitter e descobrir 
quantos deles são robôs.
Esses robôs (conhecidos como bots) são programados para compartilhar, interagir e fazer volume nos 
perfis de forma automatizada e podem vir a ser utilizados para influenciar as eleições de outubro 
deste ano. Ação semelhante aconteceu no pleito que elegeu Donald Trump nos EUA, em 2016.
Alvaro Dias, senador do Podemos, é o candidato com maior percentagem de seguidores robôs: 60% 
dos seus quase 410 mil seguidores são perfis falsos. Em seguida, aparece Geraldo Alckmin (PSDB), 
com 45,8% de perfis falsos dentre aqueles que o seguem.
Marina Silva (Rede), tem 36% de seguidores falsos; 
Jair Bolsonaro (PSL), 34%; 
Ciro Gomes (PDT), 32%; 
Lula (PT), 22%; 
João Amoedo (Novo) 21%. 
O candidato com menor percentagem de seguidores falsos é Guilherme Boulos (PSOL), com 
14%.
Na média, 37,4% dos perfis que seguem os candidatos à presidência no Twitter são robôs. É comum 
que perfis falsos sigam políticos em razão da sua popularidade, pois os robôs são programados para 
que seu comportamento se pareça com o de usuários comuns.
Porém, números elevados de seguidores robôs podem indicar a compra de bots com o objetivo de 
inflar artificialmente a reputação do respectivo candidato nas redes sociais. A prática é vedada tanto 
pelo Twitter quanto pela lei. A legislação eleitoral também veda uso de ferramentas para impulsionar 
publicações que não aquelas oferecidas pelas próprias redes sociais.
O levantamento cita, ainda, dois outros estudos que apontam que o Brasil é um dos países com o 
maior uso de bots em redes sociais e que hospedamos a 8º maior população de bots do mundo.
Realizada entre os dia 4 e 28 de junho de 2018, a pesquisa foi feita com o uso de uma ferramenta 
desenvolvida pela Universidade de Indiana (EUA) chamada Botometer. Analisando padrões de 
postagens e horários em que as contas estão ativas, a ferramenta verifica o comportamento dos perfis 
na rede e mede o percentual de seguidores de cada candidato que são potencialmente bots.

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