segunda-feira, 3 de setembro de 2018

COM TPM, ALOYSIO MENOPAUSA ATACA ONU, JURISTAS E LÍDERES INTERNACIONAIS


Chanceler do golpe, o tucano Aloysio Nunes concedeu uma entrevista estarrecedora ao Valor, 
em que agride líderes internacionais, como François Hollande, Jose Luis Zaopatero e Massimo 
D'Alema, a quem chamou de políticos em fim de carreira, apenas porque eles apontaram o 
óbvio: Lula é preso político; Aloysio também criticou o Comitê de Direitos Humanos e as vozes 
internacionais – incluindo os principais juristas do mundo – que dizem o mesmo; na sua visão, 
os que denunciam a perseguição a Lula acreditam no mito do "bom selvagem"; a 
agressividade de Aloysio, no entanto, não atinge os Estados Unidos e ele exalta a parceria para 
entregar a Base de Alcântara.

247 – Chanceler do golpe, o tucano Aloysio Nunes concedeu uma entrevistaestarrecedora ao Valor, 
em que agride líderes internacionais, como François Hollande, Jose Luis Zaopatero e Massimo 
D'Alema, a quem chamou de políticos em fim de carreira, apenas porque eles apontaram o óbvio: 
Lula é preso político. "Alguns figurões em fim de linha, na Europa, escreveram um abaixo-assinado 
defendendo o Lula. Quem? O [ex-presidente francês] François Hollande, que não teve condições de 
concorrer à reeleição pelo Partido Socialista; o Massimo D'Alema, um dos responsáveis pela vitória 
da direita na Itália, porque rachou o Partido Democrático; o [espanhol] José Luis Zapatero, amigo do 
[venezuelano Nicolás] Maduro. Têm a audácia de insinuar que o Poder Judiciário no Brasil é incapaz 
de julgar. Respondi de forma dura e fui objeto de críticas injuriosas pela bancada do PT no Senado. 
Ninguém se levantou para sustentar minha posição. O que isso mostra? Que os partidos brasileiros 
não se interessam por política externa, mesmo quando ela é vital para os interesses domésticos do 
Brasil", disse ele.
Aloysio também criticou o Comitê de Direitos Humanos e as vozes internacionais – incluindo os 
principais juristas do mundo – que dizem o mesmo. Na sua visão, os que denunciam a perseguição a 
Lula acreditam no mito do "bom selvagem". "O Lula é um excelente produto para venda no exterior. 
Mas também porque existe, nesses meios, um terceiro-mundismo que presta homenagem ao Lula 
para expiar os pecados cometidos no passado. O [ex-presidente francês Jacques] Chirac era doido 
pelo Lula. O [George W.] Bush era a mesma coisa. É uma espécie de mito do bom selvagem. Você 
pega o francês "Le Monde", "The New York Times" e é isso. O Lula se encaixa perfeitamente no 
mito", diz ele.
A agressividade de Aloysio, no entanto, não atinge os Estados Unidos e ele exalta a parceria para 
entregar a Base de Alcântara. "Eu mesmo fui duas vezes aos EUA, fora reuniões da OEA ou da 
ONU, me encontrar com Rex Tillerson e com Mike Pompeo [os dois secretários de Estado no 
governo Trump]. Quando estive lá pela primeira vez, levei uma sugestão de dez pontos de interesse 
recíproco para a agenda bilateral. Criamos um fórum permanente de segurança pública para troca de 
informações em tráfico de drogas, armas e pessoas. Temos dois acordos na área de defesa. E o mais 
importante: a negociação do acordo de salvaguardas tecnológicas para lançamentos comerciais na 
base de Alcântara, no Maranhão."

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