segunda-feira, 20 de agosto de 2018

Venezuela: começa a circular nova moeda com corte de cinco zeros e ancoragem ao Petro

Medida é parte de pacote que vem sendo colocado em vigor nas últimas semanas, em uma 
tentativa de debelar crise econômica do país.

Começou a circular nesta segunda-feira (20/08) a moeda reconvertida da Venezuela, Bolívar
Soberano, com o corte de cinco zeros no valor. As cédulas venezuelanas passam a ser ancoradas à
criptomoeda Petro, que, por sua vez, está lastreada pelas reservas de petróleo do país.
Os novos bilhetes que passarão a circular no sistema econômico venezuelano terão as denominações 
de 2, 5, 10, 20, 50, 100, 200 e 500 bolívares soberanos. Por um tempo, eles coexistirão com as atuais 
cédulas de 1.000, 2.000, 5.000, 10.000, 20.000 e 100.000 bolívares.
A partir de setembro, entra em vigor um novo salário mínimo, anunciado pelo presidente Nicolás 
Maduro na semana passada, no valor de 1.800 bolívares soberanos (equivalente a 180.000.000 
bolívares fortes).
O governo da Venezuela decretou feriado bancário nesta segunda por conta da troca da moeda.
Operações eletrônicas, como as feitas por máquinas de débito e crédito, foram interrompidas.
Pacote econômico
A medida é parte de um pacote econômico que vem sendo colocado em vigor nas últimas semanas, 
em uma tentativa de debelar a crise que o país atravessa – a qual o governo credita a uma “guerra 
econômica”. No começo do mês, a ANC (Assembleia Nacional Constituinte) derrubou a lei que 
punia operações de câmbio, uma das ideias do Palácio de Miraflores para tentar aumentar a 
circulação de dólares.
Segundo as autoridades da Venezuela, haverá um novo redesenho da política fiscal e tributária do 
país, incluindo subsídios para a gasolina, reajustada em quatro pontos percentuais, e a definição de 
câmbio único, que flutuará de acordo com as definições do Banco Central Venezuelano.
O pacote, que se chama “Programa de Recuperação, Crescimento e Prosperidade Econômica”, 
inclui, além da nova moeda, uma nova política de subsídio à gasolina (que passa a ser vendida a 
preços internacionais), um aumento de quatro pontos percentuais no IVA (Imposto de Valor 
Agregado) e o estabelecimento de um câmbio único.

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