quinta-feira, 16 de agosto de 2018

VARINHA DE CURITIBA TENTA ESCONDER LULA E ADIA SEU DEPOIMENTO APÓS AS ELEIÇÕES


O carcereiro Sérgio Moro decidiu adiar para novembro os interrogatórios de Luiz Inácio Lula 
da Silva e outros réus da ação penal que julga eventual favorecimento do ex-presidente no 
pagamento de propinas por meio de reformas em sítio de Atibaia cuja propriedade é atribuída 
a ele pelo Ministério Público Federal. Os golpistas do poder judiciário insistem em influenciar 
as eleições de 2018 e cada vez mais sem nenhum pudor: Moro não quer a aparição de Lula na 
TV e em fotos jornalísticas durante a campanha eleitoral e o MPF quer impedir os encontros 
em que a presidente do PT e o 'vice', com entrada na prisão como advogados, confabulem com 
Lula estratégias eleitorais"

“Um processo criminal jamais poderia ter seus atos orientados pelo calendário eleitoral. A mudança 
das datas dos depoimentos, porém, mostra que a questão eleitoral sempre esteve e está presente nas 
ações contra o ex-presidente Lula que tramitam em Curitiba”, escreveu esta tarde o advogado 
Cristiano Zanin Martins, que lidera a defesa do ex-presidente Lula.
Foi reação à decisão do juiz Sérgio Moro, que adiou de 11 de setembro para 14 de novembro o 
depoimento do ex-presidente no processo sobre o sítio de Atibaia.
O candidato a vice de Lula, Fernando Haddad, disse que a decisão deixou claro que Moro faz 
política: por que o juiz não adiou, por exemplo, os depoimentos das testemunhas de acusação contra 
Lula, no mesmo processo?
“A fim de evitar a exploração eleitoral dos interrogatórios, seja qual for a perspectiva, reputo 
oportuno redesignar as audiências”, escreveu Moro no despacho.
A presidenta do PT, Gleisi Hoffmann e o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, que 
participaram com Haddad da mesma entrevista coletiva, também criticaram o juiz.
Os petistas argumentam que seria a oportunidade para Lula se defender das acusações que sofre em 
plena campanha eleitoral.
Com a decisão, Moro garante o afastamento do ex-presidente de um evento público até depois das 
eleições presidenciais.

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