sexta-feira, 3 de agosto de 2018

A LUTA DOS BLOGUEIROS NO GOLPE DE 2016


Livro descreve o papel dos jornalistas PHA, Azenha, Nassif, 
PML e Rovai.  
Geórgia Pinheiro jornalista do Conversa Afiada entrevistou o 
jornalista Antonio Nelson, autor do livro "A batalha dos 
blogueiros no processo de impeachment da Presidente Dilma 
Rousseff", que ele lança de modo independente. Você pode ler a 
íntegra da entrevista abaixo (no final do post, ela estará 
disponível também em áudio):

Geórgia Pinheiro: Por que você escreveu esse livro?
Antonio Nelson: Eu escrevi por conta de perceber, com antecedência, quando os blogueiros já 
estavam sinalizando a possibilidade do Golpe de 2016. Quando Paulo Henrique Amorim, Luis 
Nassif, Luiz Carlos Azenha, Paulo Moreira Leite e Renato Rovai já tinham percebido que havia a 
possibilidade de um Golpe no Brasil, na Democracia, no povo brasileiro.
G.P.: E como você percebeu isso? Como você decidiu acompanhar o trabalho dos blogueiros que 
você acabou de citar, inclusive o Paulo Henrique Amorim, no Conversa Afiada? Nesse processo, 
especificamente do Golpe de 2016, como foi que você percebeu qual era a importância desses 
jornalistas e blogueiros naquele momento?
A.N.: Eu tenho esses jornalistas, especialmente o Paulo Henrique Amorim como uma referência, um 
ícone. Eu descobri o Jornalismo desde adolescente, através do Observatório da Imprensa, e desde 
jovem o meu pai já tinha apresentado o Paulo Henrique. E eu já era leitor e assistia ao Paulo 
Henrique, e os outros blogueiros eu acompanhava desde há muito tempo. Porque era necessário eu 
lia o PiG, mas lia o contraponto desses blogueiros. A atividade que esses blogueiros realizam no 
Brasil é importante para a memória social do Jornalismo no País. Então, esses blogueiros servem 
como ícones e são referências para o Jornalismo, a Democracia e a construção de um País melhor.
G.P.: E você acha que no processo de impeachment da Presidenta Dilma, se não fosse o papel do 
Nassif, do jornalista Paulo Henrique Amorim, do Luiz Carlos Azenha, do Rovai, do Paulo 
Moreira Leite... você acha que essa cobertura, a forma como tudo foi mostrado pela imprensa 
tradicional, eles foram fundamentais na tentativa de querer mostrar o que acontecia no País 
naquele momento e o que estava por trás do impeachment?
A.N.: Com certeza! Paulo Henrique, Azenha, Paulo Moreira Leite, Rovai e Nassif se anteciparam 
ao Golpe com suas contribuições para os internautas, para o povo. E denunciaram o conluio, 
inicialmente da mídia com o PSDB (e partidos da oposição), e posteriormente com STF, PGR, 
setores da PF, dentre outros grupos envolvidos nesse processo antidemocrático e fascista para a 
queda da Democracia. Então, esses blogueiros sinalizaram e se anteciparam, mostrando a ameaça 
que o País passou e está passando, porque o Golpe continua, o Golpe permanece.
G.P. E foi nesse momento que você percebeu bem a diferença que existia da cobertura feita por 
esses blogueiros e a cobertura feita pela imprensa tradicional?
A.N.: Sim, sim. O Paulo Henrique fala que o Jornal Nacional é o farol dos piratas e eu, 
reflexionando sobre isso, penso também que o Jornal Nacional é o farol da fake news. Diariamente a 
gente vê a fake news através do Jornal Nacional. E esses blogueiros têm sido fundamentais e foram 
fundamentais, principalmente no processo do Golpe. Eles se anteciparam ao Golpe, mostrando um 
jornalismo diferenciado, quanto à questão da emergência da internet no ambiente comunicativo, 
corporativo, da qualidade, da comodidade, do conforto, da importância da informação fidedigna. 
Então, esses blogueiros são fundamentais para a Democracia brasileira. E é importantíssimo que 
todos nós possamos acompanhar eles e apoiar eles, porque eles estão sofrendo retaliações. Assim 
que o Governo Golpista interino tomou posse, tirou a publicidade toda, como forma de censura a 
esses blogueiros. Então, é preciso ter uma união e fortalecer eles, porque eles vêm apontando e 
continuam apontando as ameaças que estamos sofrendo. Como eu disse, o Golpe permanece.
G.P.: E só para o nosso navegante entender: durante o tempo em que você fez o livro, como foi 
esse seu trabalho? Eu sei que você conversou com Paulo Henrique Amorim, Nassif, Paulo 
Moreira Leite, Azenha, Rovai... Como foi o processo, a construção desse seu trabalho?
A.N.: Foi um processo muito bom, muito lindo, e é um processo todo independente. Eu investi muito 
dinheiro e não tenho, inicialmente, retorno. E decidi oficialmente lançar no Conversa Afiada. E as 
entrevistas ocorreram presencialmente, por Facebook, por WhatsApp. Por exemplo: Paulo 
Henrique, com quem já tive contato pessoalmente, respondeu de imediato a todas as questões. E foi 
um ping-pong. Ele teve a precisão de responder a tudo, inclusive algumas respostas eu disponibilizei 
no Soundcloud, que é uma plataforma de áudio; outros, como Paulo Moreira Leite, por exemplo, por 
Gmail; com Renato Rovai foi pessoalmente; e com Nassif, por e-mail, mas fiz questão de entregar 
pessoalmente o livro a Nassif. E eu tenho muito a agradecer, porque foi uma experiência incomum, 
uma contribuição importante.
G.P.: Só pra esclarecer e informar aos nossos leitores: o seu livro estará disponível dentro do 
Afiada. As pessoas vão poder ler o seu livro. E, para encerrar, eu gostaria de perguntar o 
seguinte: você acredita nessa imprensa livre, democrática e independente? Você acha que é esse o 
caminho que a gente tem que seguir? "Arregaçar as mangas"?
A.N.: Esse é o caminho independente! Arregaçar as mangas! Por exemplo, eu criei um blog. E esses 
blogueiros são os bons exemplos. Temos que arregaçar as mangas e o povo brasileiro e a Esquerda 
apoiarem, contribuírem de diversas formas, principalmente com contribuição, financiamento. Para 
que permaneça vivo esse contraponto à velha mídia, ao PiG, que vão contra a Democracia e contra 
o povo brasileiro. Então, a existência desses blogueiros é importantíssima!
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