Argentina em queda livre com a direita no poder: Macri
pede adiantamento ao FMI, Apesar das medidas, dólar
continua a disparar e país já é o quarto do mundo em
inflação; na América do Sul, fica atrás apenas da
Venezuela.
247 - Clima de pânico nesta manhã de quinta-feira (30) na
Argentina, com o país quebrado em meio a uma crise cambial
de enormes proporções. Ás 11h15 o jornal independente
argentino Página 12 publicava a seguinte notícia em seu site,
sob o título "Segue para a cima e não para":
"A desvalorização continua a se intensificar. Apenas uma hora
"A desvalorização continua a se intensificar. Apenas uma hora
após a abertura do mercado, o dólar voltou a subir e foi
vendido em bancos e casas de câmbio a 35,79 pesos, 29
centavos a mais do que ontem. A escalada continuou e ao
recorde de 40 pesos.
Para conter a corrida, o Banco Central anunciou um aumento
de sua taxa básica de juros para 60%, o que fez o dólar voltar
um pouco: ele é vendido a cerca de 38 pesos.
A tentativa do governo de tranquilizar os mercados não deu
A tentativa do governo de tranquilizar os mercados não deu
resultado e minutos depois que o chefe Gabinete presidencial,
Marcos Peña, tentou acalmar a corrida cambial, mas o mercado
voltou a dar as costas para ele. "Temos que continuar
trabalhando. Nós não acreditamos que estamos enfrentando um
fracasso econômico. A Argentina vai progredir e se fortalecer
... todos os indicadores dizem ", disse Peña nesta manhã, ao
descartar uma mudança no gabinete, já que "não há soluções mágicas nesse sentido ". Os mercados
também não escutaram.
Ontem, ao registrar o sétimo dia consecutivo de alta, o Banco Cental tentou conter a corrida, mas os
Ontem, ao registrar o sétimo dia consecutivo de alta, o Banco Cental tentou conter a corrida, mas os
300 milhões de leiloados não chegaram a acalmar o mercado e o dólar fechou em 35,50. Nem as
palavras do presidente Mauricio Macri, que anunciou um novo acordo com o Fundo Monetário
Internacional para avançar os desembolsos de crédito por 50.000 milhões de dólares."
Enquanto isso, no Brasil, dólar volta a operar em alta nesta quinta, após cair na véspera, e ronda as
máximas históricas. Às 11h38, a moeda norte-americana subia 1,39%, a R$ 4,1747. Na máxima do
dia, chegou a R$ 4,1782. Na mínima, a R$ 4,1195. A seguir neste ritmo, o dólar pode encerrar o dia
na maior cotação de fechamento da história frente ao real. A situação do país é diferente da
Argentina, em função da solidez das reservas cambiais construídas nos governos do PT, mas o clima
de tensão está dos dois lados da fronteira.
Leia aqui.
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