Operário padrão da Globo é sabido...
Agência Brasil: O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso disse na noite
de hoje (20) que seu voto, na sessão administrativa da Corte que aprovou a proposta de elevação dos
salários dos próprios ministros em 16,38%, não foi no sentido “de dar aumento aos juízes”, mas de
permitir que a categoria reivindique o aumento no Congresso Nacional. Ele disse também que o
Congresso deve decidir conforme as disponibilidades financeiras do país, “e se não houver
disponibilidade, não deve dar”.
“Meu voto foi pensando em que não se deveria impedir uma categoria de reivindicar, mas não foi um
“Meu voto foi pensando em que não se deveria impedir uma categoria de reivindicar, mas não foi um
voto no sentido de que eu ache que deva dar aumento. Essa é uma discussão que tem de ser feita no
Congresso. E o Congresso é que vai decidir se este é o caso, se cabe no Orçamento, e se há recurso”,
disse, após participar de evento na capital paulista.
“Uma coisa é você autorizar que alguém vá reivindicar, a outra coisa é você conceder aumento. Meu
“Uma coisa é você autorizar que alguém vá reivindicar, a outra coisa é você conceder aumento. Meu
voto foi: eu acho que os juízes têm o direito de postularem, como tem os policiais, como todas
categorias que estão hoje no Congresso postulando aumento. Se o aumento deve ser dado ou não, é
uma decisão política a ser tomada pelo Congresso de acordo com a disponibilidade do país, e se não
houver disponibilidade, não deve dar”, acrescentou.
Na última quarta-feira (8), por 7 votos a 4, os ministros do STF decidiram enviar ao Congresso
Nacional proposta de aumento de 16% nos salários dos ministros da Corte para 2019. Atualmente o
salário é de R$ 33,7 mil e passará para R$ 39,3 mil por mês, caso seja aprovado no Orçamento da
União. Como o subsídio dos ministros é o valor máximo para pagamento de salários no serviço
público, o reajuste provocaria efeito cascata nos vencimentos do funcionalismo.
Votaram a favor da proposta os ministros Ricardo Lewandowski, Marco Aurélio, Luís Roberto
Barroso, Gilmar Mendes, Dias Toffoli, Luiz Fux e Alexandre de Moraes. A presidente da Corte,
Cármen Lúcia, votou contra, assim como os ministros Rosa Weber, Edson Fachin e Celso de Mello.
A decisão do Supremo já foi seguida, imediatamente, pelo Ministério Público Federal, que também
incluiu o aumento na sua proposta orçamentária.
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