sábado, 28 de julho de 2018

VOVÓ ADAMS DEFENDE LAVA JATO E DIZ QUE JUSTIÇA JAMAIS PODE SER DESAFIADA


Em meio ao aumento da repercussão internacional da prisão política do ex-presidente Lula, a 
presidente do STF, Cármen Lúcia, defendeu nesta sexta-feira, 27, as decisões judiciais da Lava 
Jato e disse o Direito é o espaço da razão; "Criticar vale, mas desafiar a Justiça, jamais", 
afirmou; "É essa Constituição republicana que permite à Justiça julgar aqueles que se 
achavam antes 'injulgáveis'... A culpa da corrupção não é do juiz"

LAVA JATO ELEITORAL
Segunda Opinião do professor Wanderley Guilherme dos Santos

Houve no Brasil minutos de alta tensão depois da vitória de Juscelino Kubitschek, com subsequentes
e frustradas tentativas de invalidar o resultado por militares inconformados. 
Depois de mais de meio século, atravessamos a turbulência gerada pela bem sucedida trama de 
Aécio Neves, imediatamente transformada em sólido bloco político-midiático, desdobrada em 
impedimento da presidente Dilma Rousseff. 
No instante atual, não só a perspectiva da própria eleição desagrada a muitas figuras do atual 
condomínio como a condução do processo pré-eleitoral se faz por mal traçadas linhas, com 
cerceamento de políticos por razões altamente controversas e sussurros de que certos resultados 
seriam inaceitáveis. 
O momento de confusão de identidade envolvendo o Judiciário, especialmente as togas maculadas 
do Supremo Tribunal Federal, adiciona balbúrdia às suspeitas sobre a solidez das instituições.
Supondo ultrapassado sem estilhaços o desafio eleitoral, aí será a vez da prova dos nove da Lava 
Jato. 
Nenhum democrata aceita a hipótese de que as investigações sejam interrompidas. Ao contrário, ao 
longo de toda essa escavação espera-se o aparecimento de formas constitucionais de manter o Estado 
brasileiro, em todos os seus níveis, submetido a vigilância preventiva e reparadora de atentados à 
economia nacional. 
Por sua própria natureza, a demorada condução desse processo não pode permanecer em mãos de 
personagens claramente preconceituosos e seletivos, arbitrários e desafiadores dos cânones de 
normalidade da execução judiciária. Resultado e alimento da volubilidade e complacência do 
Supremo Tribunal Federal, o aparato envolvido nos absurdos cometidos por instâncias do judiciário, 
por agentes do Ministério Público e da Polícia Federal, há que haver imediatamente pós-eleição uma 
reformulação a jato do pessoal e das regras de conduta da investigação. Ou isso ou o novo 
presidente, por mais que privilegiado nas urnas, não governará com autoridade e autonomia.
Os partidos interessados deveriam mostrar ao eleitorado que o problema das eleições inclui avaliação 
sobre que candidatos teriam disposição e convicção democrática para colocar a Lava Jato a serviço 
do tesouro da nação, e não aos interesses de uma coalizão de conservadores.

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