sexta-feira, 27 de julho de 2018

Venezuela anuncia plano de reestruturação econômica, com corte de cinco zeros no bolívar


Programa pretende fortalecer reservas internacionais e conseguir maior isenção de impostos 
para importações; reconversão monetária passará a valer a partir de 20 de agosto

Com teleSUR e AVN

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou na quarta-feira (25/07) um plano de 
“reestruturação econômica” do país. Os detalhes do programa, divulgados nesta quinta (26/07), 
apontam para o corte de cinco zeros no bolívar, uma revisão da lei contra crimes cambiais, o 
fortalecimento das reservas internacionais e a isenção de impostos para importações.
Segundo o vice-presidente para área econômica do país, Tareck El Aissami, novas medidas devem 
ser anunciadas nos próximos dias.
A reconversão monetária, com o corte de cinco zeros na moeda, passará a valer a partir do dia 20 de 
agosto. Segundo afirmou Maduro na quarta, o bolívar estará ancorado pela criptomoeda Petro, 
lançada no ano passado pelo governo.
Além disso, o presidente irá apresentar nos próximos dias à Assembleia Nacional Constituinte 
(ANC) um novo projeto que modifica os limites legais para movimentação de moeda estrangeira, 
com o objetivo, de acordo com o governo, de incentivar e permitir investimentos.
Caracas também decidiu isentar, por um ano, o pagamento de impostos para aqueles que tragam ao 
país bens de capital, matérias-primas, insumos e agroinsumos, maquinário, equipamentos e alguns 
produtos manufaturados, de acordo com regulação posterior a ser feita pelo governo. A medida 
busca, de acordo com o Palácio de Miraflores, incentivar a produção nacional e acelerar o 
crescimento econômico.
Maduro também determinou a entrega do bloco 2 (Ayacucho) da Faixa Petrolífera do Orinoco ao 
Banco Central da Venezuela para aumentar as reservas financeiras do país. “Esta é uma maneira 
muito dinâmica e criativa para fortalecer as reservas internacionais. É importante para o êxito do 
programa de recuperação econômica e para fortalecer a disponibilidade de moeda livremente 
convertível, como petros, dólares, yuanes. A meta é atender as necessidades do mercado de divisas 
convertíveis”, disse Maduro.
Para El Aissami, as medidas colocam “uma data para o fim” do que chamou de “especulação 
criminal”, que seria parte do que o governo chama de “guerra econômica” contra o país.
“Não é um ‘pacotaço’ para enriquecer poucos em detrimento das grandes maiores. É seguir 
avalizando as propostas coletivas para o desenvolvimento integral de todo o povo venezuelano”, 
disse.
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