O PCC é maior legado dos 35 anos de hegemonia tucana em SP!
Polícia não sabe o tamanho do PCC (PSDB-SP)
Delegado-geral não faz a menor ideia...
Trechos da entrevista do novo delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, Paulo Afonso
Delegado-geral não faz a menor ideia...
Trechos da entrevista do novo delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, Paulo Afonso
Bicudo, à Fel-lha:
(...) Folha: E o PCC. Dá para saber o tamanho dessa facção criminosa? Já falaram que o
grupo se resumia a 30 gatos pingados presos na penitenciária de Presidente Venceslau
(interior de São Paulo), já falaram que estava falido. Afinal, como ele está hoje?
Paulo Afonso Bicudo: Não há números. Existem, lógico, conhecimentos estratégicos que a
Paulo Afonso Bicudo: Não há números. Existem, lógico, conhecimentos estratégicos que a
própria administração da polícia não sabe. Eu não sei, exatamente, o que ocorre no dia a dia de
uma investigação, nem o diretor sabe, nem o secretário da Segurança sabe, porque é uma coisa
que está na essência da investigação, o fato de ela ser sigilosa. Não é desconfiança, mas a
essência da investigação é o sigilo.
Folha: Mas não dá para dizer a dimensão da facção?
Paulo Afonso Bicudo: Não dá para colocar esses números. Não tem esses números. Acho que
Paulo Afonso Bicudo: Não dá para colocar esses números. Não tem esses números. Acho que
ninguém tem, não existem. Existem X elementos hoje vinculados? Existem X torres? Existem X
comandos? Não há essa dimensão. O que há, sim, são combates isolados a grupos que atuam em
determinadas regiões, em determinados momentos.
Quando surge uma investigação, ela é imprevisível. Às vezes ela caminha para duas, três
Quando surge uma investigação, ela é imprevisível. Às vezes ela caminha para duas, três
pessoas.
Às vezes ela caminha para 50 ou 100 pessoas, como aconteceu em Araçatuba, que foram mais
de 120 mandados entre buscas e apreensão e prisões temporárias.
de 120 mandados entre buscas e apreensão e prisões temporárias.
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Lincoln Gakya, promotor em São Paulo que já denunciou mais de 300 membros do PCC, revelou a
Lincoln Gakya, promotor em São Paulo que já denunciou mais de 300 membros do PCC, revelou a
Marcelo Godoy do Estadão que a organização genuinamente tucana ja contrata bandidos bolivianos e
paraguaios:
(...) Estadão: O que falta para o PCC ser uma máfia de fato?
Lincoln Gakiya: Só falta a consolidação da lavagem de dinheiro, mas isso será obtido em breve,
por causa da entrada da facção no tráfico internacional. Por enquanto, está em fase embrionária. O
Gegê fazia uma lavagem importante. Ele desviou mais de R$ 100 milhões. Usaram uma construtora
para pagar imóveis. Os recursos do tráfico internacional são enormes – US$ 25 mil por quilo
colocado na Europa e US$ 100 mil na China. Todo cartel tem problema para esconder dinheiro. Por
isso, enterra. Por enquanto, vejo mais dinheiro enterrado e em cofre.
(...) Estadão: O que falta para o PCC ser uma máfia de fato?
Lincoln Gakiya: Só falta a consolidação da lavagem de dinheiro, mas isso será obtido em breve,
por causa da entrada da facção no tráfico internacional. Por enquanto, está em fase embrionária. O
Gegê fazia uma lavagem importante. Ele desviou mais de R$ 100 milhões. Usaram uma construtora
para pagar imóveis. Os recursos do tráfico internacional são enormes – US$ 25 mil por quilo
colocado na Europa e US$ 100 mil na China. Todo cartel tem problema para esconder dinheiro. Por
isso, enterra. Por enquanto, vejo mais dinheiro enterrado e em cofre.
Estadão: Como o País pode combater o PCC de forma eficiente?
Lincoln Gakiya: Esse é um problema do Brasil. Não é mais de São Paulo. O PCC não é só a maior
Lincoln Gakiya: Esse é um problema do Brasil. Não é mais de São Paulo. O PCC não é só a maior
organização do País, mas a maior da América do Sul, em termos numéricos e de movimentação
financeira, até porque os cartéis colombianos se esfacelaram. O PCC é hoje um problema
internacional. Ele é uma grande preocupação para a Senad (Secretaria Nacional Antidrogas), do
Paraguai. Já existe um monte de paraguaios integrando o PCC. Assim como na Bolívia. O PCC não
tem fronteiras e conta com a ineficiência do Estado brasileiro. Eu só posso atuar em São Paulo, mas
ele atua em todo País. Não temos uma agência nacional ou uma força-tarefa multi-institucional de
combate ao crime organizado, capaz não só de ditar politicas, mas também de executar operações,
como na Itália. Falta integração entre as polícias e os Ministérios Públicos. Não conseguimos
trabalhar juntos. Em 27 anos como promotor nunca vi isso. Talvez, antes de me aposentar, ainda
consiga ver.
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