Em seu melhor jogo na Copa do Mundo, a seleção inglesa derrotou o time da Suécia por 2 a 0 e
agora espera para saber se enfrentará Rússia ou Croácia numa das semifinais, na próxima
quarta -a outra será entre Bélgica e França, na terça. desde a Copa da Itália, em 1990, a
Inglaterra não chegava às semifinais de uma Copa do Mundo. Maguire e Dele Alli, de cabeça,
fizeram os gols. O jogo ainda contou com uma atuação espetacular do goleiro inglês Pickford,
que fez três defesas sensacionais. Superior em campo durante os 90 minutos, a Inglaterra abriu
o placar aos 30 minutos do primeiro tempo com o zagueiro Maguire. Na segunda etapa, o meia
Dele Alli, também de cabeça, aos 14 minutos, fez 2 a 0, garantindo a vitória.
CAÍMOS POIS IMIGRANTES AFRICANOS MUDARAM
FUTEBOL EUROPEU
No Balaio do Kotscho.
A vida é assim. Um dia a gente ganha, noutro perde.
É verdade que nós, brasileiros, estamos perdendo muitas coisas ultimamente, até a vergonha na cara, e não temos vencido mais nada.
Mas botava a maior fé nesta seleção do Tite, formada à margem e apesar da CBF, e agora sou obrigado a reconhecer que nosso futebol ficou velho, já não somos mais os melhores.
Fiquei triste com a derrota contra a Bélgica, claro, como qualquer brasileiro, mas ao mesmo tempo muito feliz ao ver este novo futebol que surgiu na Copa da Rússia.
Nenhuma seleção da África se classificou para as quartas de final, mas a crescente imigração africana para a Europa, que já causou tantas tragédias de retirantes, ao mesmo tempo contribuiu para formar as novas e poderosas seleções miscigenadas da França e da Bélgica, que agora vão se enfrentar nas semifinais, com o Brasil e o Uruguai de fora.
Só restaram na fase decisiva da Copa as seleções europeias, com todo mérito, por uma razão muito simples: jogaram melhor do que nós, cá da América Latina, decadente e submissa.
Quando estas seleções da França, da Bélgica, da Suécia e da Inglaterra só tinham brancos nativos, até pouco tempo atrás, eram lentas, jogavam duro, só faziam chuveirinhos na área, e nós dávamos um banho de futebol neles, desde a aparição de Pelé e Garrincha, na Copa da Suécia, em 1958, exatos 60 anos atrás.
Nós ficamos vivendo daquele tempo de glórias até o pentacampeonato, na Copa de 2002 no Japão e Coréia do Sul, nosso último título conquistado já faz 16 anos, e os europeus evoluíram muito com a imigração africana, passando a dominar as Copas do Mundo nos últimos anos, ao jogar com velocidade, ousadia, talento, dribles e toques rápidos, assim como o Brasil fazia antigamente.
Foi por isso que perdemos para a Bélgica por 2 a 1 nesta sexta-feira, um resultado que mostrou a superioridade física, técnica e tática de um time sobre o outro, apenas isso.
Não adianta nada procurar agora os culpados pela derrota, os mesmos que seriam festejados em caso de vitória.
É hora de fazer uma completa reestruturação do futebol brasileiro, a começar pelos times de base, como fizeram todos os grandes clubes europeus, e da sumária extinção desta famigerada e corrupta CBF.
A cada época, a seleção brasileira é um reflexo do que acontece no país.
Passamos a ser meros vendedores de matérias primas e de mão e pé de obra, rifamos nossos talentos e nossas riquezas, a tal ponto que hoje apenas três jogadores da atual seleção brasileira continuarem jogando aqui.
A todo momento, jovens que ainda não completaram 18 anos vão jogar no futebol de outros continentes porque o futuro está lá. Nós continuamos vivendo do passado.
Só eu tenho três netos do meu irmão Ronaldo Kotscho jogando e brilhando nos times de base de Manchester, na Inglaterra.
Assim é em todos os outros segmentos da vida nacional e não haveria de ser diferente no futebol. Quem pode e é bom de serviço vai embora, seja boleiro, professor ou cientista atômico.
Vai levar muito tempo para o Brasil voltar a ser o Brasil de que tanto já nos orgulhamos, não apenas no futebol.
Gostaria muito de agora estar festejando com os meus netos mais uma vitória da seleção, mas sou obrigado a escrever sobre estas coisas tristes com o coração machucado, para não fugir à realidade, lamento.
Vida que segue.
A vida é assim. Um dia a gente ganha, noutro perde.
É verdade que nós, brasileiros, estamos perdendo muitas coisas ultimamente, até a vergonha na cara, e não temos vencido mais nada.
Mas botava a maior fé nesta seleção do Tite, formada à margem e apesar da CBF, e agora sou obrigado a reconhecer que nosso futebol ficou velho, já não somos mais os melhores.
Fiquei triste com a derrota contra a Bélgica, claro, como qualquer brasileiro, mas ao mesmo tempo muito feliz ao ver este novo futebol que surgiu na Copa da Rússia.
Nenhuma seleção da África se classificou para as quartas de final, mas a crescente imigração africana para a Europa, que já causou tantas tragédias de retirantes, ao mesmo tempo contribuiu para formar as novas e poderosas seleções miscigenadas da França e da Bélgica, que agora vão se enfrentar nas semifinais, com o Brasil e o Uruguai de fora.
Só restaram na fase decisiva da Copa as seleções europeias, com todo mérito, por uma razão muito simples: jogaram melhor do que nós, cá da América Latina, decadente e submissa.
Quando estas seleções da França, da Bélgica, da Suécia e da Inglaterra só tinham brancos nativos, até pouco tempo atrás, eram lentas, jogavam duro, só faziam chuveirinhos na área, e nós dávamos um banho de futebol neles, desde a aparição de Pelé e Garrincha, na Copa da Suécia, em 1958, exatos 60 anos atrás.
Nós ficamos vivendo daquele tempo de glórias até o pentacampeonato, na Copa de 2002 no Japão e Coréia do Sul, nosso último título conquistado já faz 16 anos, e os europeus evoluíram muito com a imigração africana, passando a dominar as Copas do Mundo nos últimos anos, ao jogar com velocidade, ousadia, talento, dribles e toques rápidos, assim como o Brasil fazia antigamente.
Foi por isso que perdemos para a Bélgica por 2 a 1 nesta sexta-feira, um resultado que mostrou a superioridade física, técnica e tática de um time sobre o outro, apenas isso.
Não adianta nada procurar agora os culpados pela derrota, os mesmos que seriam festejados em caso de vitória.
É hora de fazer uma completa reestruturação do futebol brasileiro, a começar pelos times de base, como fizeram todos os grandes clubes europeus, e da sumária extinção desta famigerada e corrupta CBF.
A cada época, a seleção brasileira é um reflexo do que acontece no país.
Passamos a ser meros vendedores de matérias primas e de mão e pé de obra, rifamos nossos talentos e nossas riquezas, a tal ponto que hoje apenas três jogadores da atual seleção brasileira continuarem jogando aqui.
A todo momento, jovens que ainda não completaram 18 anos vão jogar no futebol de outros continentes porque o futuro está lá. Nós continuamos vivendo do passado.
Só eu tenho três netos do meu irmão Ronaldo Kotscho jogando e brilhando nos times de base de Manchester, na Inglaterra.
Assim é em todos os outros segmentos da vida nacional e não haveria de ser diferente no futebol. Quem pode e é bom de serviço vai embora, seja boleiro, professor ou cientista atômico.
Vai levar muito tempo para o Brasil voltar a ser o Brasil de que tanto já nos orgulhamos, não apenas no futebol.
Gostaria muito de agora estar festejando com os meus netos mais uma vitória da seleção, mas sou obrigado a escrever sobre estas coisas tristes com o coração machucado, para não fugir à realidade, lamento.
Vida que segue.
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