Com a perícia realizada no sistema de pagamentos de propina da Odebrecht e apresentada a
Sérgio Moro nesta segunda-feira (16), cai por terra acusação de que a empreiteira teria
destinado qualquer soma a Lula para a reforma de um sítio em Atibaia; todo o caso está
fundamentado na acusação que agora se revela falsa; o documento é taxativo ao afirmar que
"não foram encontrados no material examinado documentos ou lançamentos que possam estar
relacionados com o objeto da presente ação penal".
247 - Com a perícia realizada no sistema de pagamentos de propina da Odebrecht e apresentada a
Sérgio Moro nesta segunda-feira (16), cai por terra a acusação de que a empreiteira teria destinado
R$ 700 mil reais ao ex-presidente Lula para a reforma de um sítio em Atibaia. Todo o caso do
Ministério Público contra Lula está fundamentado na acusação que agora se revela falsa. No laudo, o
auditor e contador Cláudio Vagner foi taxativo ao afirmar que "não foram encontrados no material
examinado documentos ou lançamentos que possam estar relacionados com o objeto da presente
ação penal".
O laudo do contador e auditor analisou o sistema de contabilidade, MyWebDay B, e o de
comunicação, Drousys, da Odebrecht, além da planilha disponibilizada pelo engenheiro e delator da
empreiteira Emyr Diniz Costa Júnior, que contém a informação sobre a saída de R$ 700 mil do
Projeto Aquapolo e que teria sido destinado para o sítio de Atibaia. Não há nada que indique repasse
direta ou indiretamente a Lula ou a supostas obras no sítio.
Cláudio Vagner respondeu diretamente uma pergunta formulada por Sérgio Moro e que fundamentou
Cláudio Vagner respondeu diretamente uma pergunta formulada por Sérgio Moro e que fundamentou
a perícia. Leia como está no laudo:
"Quesitos do juiz:
a) Solicita-se que seja verificado se o sistema de contabilidade informal do Grupo Odebrecht, na
"Quesitos do juiz:
a) Solicita-se que seja verificado se o sistema de contabilidade informal do Grupo Odebrecht, na
posse dos peritos da Polícia Federal, contém documentos ou lançamentos que possam estar
relacionados com o objeto da presente ação penal, reforma do Sítio em Atibaia pelo Grupo
Odebrecht em benefício do acusado Luiz Inácio Lula da Silva.
Em conformidade com a resposta dos Peritos Criminais Federais à esse quesito, ratifico que não
foram encontrados no material examinado documentos ou lançamentos que possam estar
relacionados com o objeto da presente ação penal.
Em complemento, informo que nas pesquisas efetuadas no material examinado além de não terem
Em complemento, informo que nas pesquisas efetuadas no material examinado além de não terem
sido encontrados documentos ou lançamentos que façam referência a termos tais como Atibaia, Sítio
e Santa Bárbara, também não há nenhuma referencia correlacionada ao Ex-Presidente Luiz Inácio
Lula da Silva e os termos LULA e AMIGO."
No laudo, Vagner constatou também que os valores registrados pelo sistema de caixa 2 da
No laudo, Vagner constatou também que os valores registrados pelo sistema de caixa 2 da
empreiteira não possuem qualquer relação ou vínculo com a propriedade ou com o ex-presidente e
que existem apenas registros de que o dinheiro saiu do Projeto Aquapolo, obras de saneamento do
ABC Paulista, com destino ao próprio setor de propinas da empreiteira:
"Os registros comprovam que ele enviou valores ao departamento de operações estruturadas, todos
sem nenhum vínculo com a obra de Atibaia discutida na presente ação penal e, ainda, sem a mínima
vinculação desses valores com obras e/ou contratos da Petrobras".
Nas conclusões, o perito desmoralizou as acusações constantes no processo e apontou que a conta
Nas conclusões, o perito desmoralizou as acusações constantes no processo e apontou que a conta
destinatária do valor desviado do Projeto Aquapolo teve como destino uma conta específica do
próprio e Emílio Alves Odebrecht e que tinha como movimentações transações específicas de
interesses da família Odebrecht como fazendas, holdings e empresas offshores, todas controladas por
ele e por pessoas próximas:
"Tudo administrado por pessoas próximas de Emílio que, conforme levantamento efetuados das
"Tudo administrado por pessoas próximas de Emílio que, conforme levantamento efetuados das
iniciais contantes nos registros, podem ser Jicélia Sampaio, Marcia Gusmão, Raul Calil e Ruy Lemos
Sampaio". O perito indicou ainda que Ruy Lemos Sampaio, um dos administradores da conta, foi
nomeado em 1 de junho último como presidente do Conselho de Administração da Odebrecht, fato
ignorado em todo o processo.
Leia a seguir a íntegra do laudo:
Leia a seguir a íntegra do laudo:
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