domingo, 8 de julho de 2018

ADVOGADOS PELA DEMOCRACIA PEDEM PRISÃO DE MORO E DO DELEGADO ROBERVAL

Os advogados pela democracia acaba de protocolar junto ao TRF-4 um pedido de prisão de 
Sergio Moro e do delegado Roberval Vicalvi, que, por enquanto, se nega a libertar o ex-
presidente Lula; os dois seriam enquadrados no artigo 330 do Código Penal, que prevê prisão 
de 15 dias a seis meses e 319, com pena de detenção de três meses a um ano.

Agência Brasil: 
O advogado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Cristiano Zanin Martins, 
divulgou nota em que afirma que o juiz Sérgio Moro, da primeira instância na Justiça Federal, de 
férias e sem jurisdição no processo atualmente, atuou “decisivamente para impedir o cumprimento 
da ordem de soltura emitida por um desembargador federal do TRF4 em favor de Lula, direcionando 
o caso para outro desembargador federal do mesmo tribunal, que não poderia atuar neste domingo 
(8).”
“É incompatível com a atuação de um juiz agir estrategicamente para impedir a soltura de um 
jurisdicionado privado de sua liberdade por força de execução antecipada da pena que afronta o texto 
constitucional — que expressamente impede a prisão antes de decisão condenatória definitiva 
(CF/88, art. 5º, LVII)”, diz Zanin.
“O juiz Moro e o MPF de Curitiba atuaram mais uma vez como um bloco monolítico contra a 
liberdade de Lula, mostrando que não há separação entre a atuação do magistrado e o órgão de 
acusação”, acrescenta a defesa.
Segundo Cristiano Zanin, a atuação do juiz Moro e do Ministério Público Federal para impedir o 
cumprimento de uma decisão judicial do Tribunal de Apelação reforçam que Lula é vítima de 
“abuso” e “má utilização das leis e dos procedimentos jurídicos para fins de perseguição política”.
A defesa do ex-presidente usará de todos os meios legalmente previstos nos procedimentos judiciais 
e também no procedimento que tramita perante o Comitê de Direitos Humanos da ONU, para 
reforçar que o ex-presidente tem permanentemente violado seu direito fundamental a um julgamento 
justo, imparcial e independente e que sua prisão é incompatível com o Estado de Direito, finaliza a 
nota.
Lula está preso na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, desde o dia 7 de abril, por 
determinação do juiz Sérgio Moro, que determinou a execução provisória da pena de 12 anos de 
prisão na ação penal do triplex do Guarujá (SP), após o fim dos recursos na segunda instância da 
Justiça.
Na manhã de hoje (8), o desembargador federal Rogério Favreto, do TRF-4, concedeu habeas corpus 
ao ex-presidente. Em seguida, o juiz Sérgio Moro afirmou, em despacho, que o desembargador não 
tem poderes para autorizar a libertação. O Ministério Público Federal também se posicionou de 
forma contrária à soltura.
O desembargador Rogério Fraveto reiterou a decisão de mandar soltar imediatamente o ex-
presidente.

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