"Quase ao final do Jornal Nacional deste sábado (16), Otario Bonner fez cara séria, olhou
fixamente para a câmara e sentenciou:- Num congresso sobre direito eleitoral, ontem à noite
em Curitiba, o ministro do STF Luís Fuck falou sobre como a Justiça Eleitoral pretende
combater as chamadas fake news. (...)" diz o jornalista e professor da UFABC Gilberto
Maringoni; "Em outras palavras, a volta de uma forma pilantra da censura velha de guerra",
Quase ao final do Jornal Nacional deste sábado (16), William Bonner fez cara séria, olhou fixamente para a câmara e sentenciou:
- Num congresso sobre direito eleitoral, ontem à noite em Curitiba, o ministro do STF Luís Fux falou sobre como a Justiça Eleitoral pretende combater as chamadas fake news. (...) O ministro disse que além da estratégia da área de inteligência, o TSE tem o apoio do jornalismo pro-fis-sio-nal (assim mesmo, marcando as sílabas) nessa tarefa e acordos com os partidos políticos.
Corte para o excelentíssimo ministro - indicado por Dilma Rousseff - , sua invejável cabeleira e seus maneirismos de malandro amigo:
- "Não há nada pior do que o eleitor, o cidadão votar desinformado ou votar informado por algo que não corresponde à realidade. Nós temos a imprensa do nosso lado. Nós temos um comitê de imprensa comprometido em averiguar a veracidade num primeiro momento, como fonte primária, das fake news. E os jornais já estão criando espaços para conferência.
"Nós temos a imprensa do nosso lado". Bela frase.
A cena volta para Bonner no estúdio:
- O ministro Fux disse também que empresas gigantes da internet se comprometeram a tirar do ar as fake news assim que forem notificadas pelo TSE.
A mídia corporativa e as autodenominadas agências de checagem levaram uma bola no meio das pernas nesta semana, no caso do emissário do Papa que visitou Lula na cadeia. Depois de alegarem que o advogado argentino Juan Grabois teria feito uma armação em Curitiba - que seria um caso gritante de fake news - , foram desmascaradas pelo jornalista Mauro Lopes e por desmentido da Santa Sé. Grabois de fato era um emissário do Pontífice.
Apesar de retificação tíbia de uma das agências de checagem, a grande mídia volta à carga. Dessa vez, foi buscar reforço num dos parlapatões da alta corte.
O tal combate às fake news nada tem de busca pela verdade, uma vez que a mídia industrial é useira e vezeira em distorcer fatos de acordo com seus interesses políticos. O que está em pauta é o combate a sites e portais de oposição e a disseminação plural de informações pelas redes sociais.
Em outras palavras, a volta de uma forma pilantra da censura velha de guerra.
Corte para o excelentíssimo ministro - indicado por Dilma Rousseff - , sua invejável cabeleira e seus maneirismos de malandro amigo:
- "Não há nada pior do que o eleitor, o cidadão votar desinformado ou votar informado por algo que não corresponde à realidade. Nós temos a imprensa do nosso lado. Nós temos um comitê de imprensa comprometido em averiguar a veracidade num primeiro momento, como fonte primária, das fake news. E os jornais já estão criando espaços para conferência.
"Nós temos a imprensa do nosso lado". Bela frase.
A cena volta para Bonner no estúdio:
- O ministro Fux disse também que empresas gigantes da internet se comprometeram a tirar do ar as fake news assim que forem notificadas pelo TSE.
A mídia corporativa e as autodenominadas agências de checagem levaram uma bola no meio das pernas nesta semana, no caso do emissário do Papa que visitou Lula na cadeia. Depois de alegarem que o advogado argentino Juan Grabois teria feito uma armação em Curitiba - que seria um caso gritante de fake news - , foram desmascaradas pelo jornalista Mauro Lopes e por desmentido da Santa Sé. Grabois de fato era um emissário do Pontífice.
Apesar de retificação tíbia de uma das agências de checagem, a grande mídia volta à carga. Dessa vez, foi buscar reforço num dos parlapatões da alta corte.
O tal combate às fake news nada tem de busca pela verdade, uma vez que a mídia industrial é useira e vezeira em distorcer fatos de acordo com seus interesses políticos. O que está em pauta é o combate a sites e portais de oposição e a disseminação plural de informações pelas redes sociais.
Em outras palavras, a volta de uma forma pilantra da censura velha de guerra.
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A internet livre é a única defesa do cidadão contra a manipulação da grande
mídia, especialmente entre nós. No caso da Globo, uma virtual monopolista da
informação no Brasil, estamos todos sujeitos a manobras políticas de interesse
da empresa e contrárias ao interesse público. Veja esse fenômeno de circo que
criou sob a rubrica de “que futuro você quer para o Brasil?”: milhares de
cidadãos bem intencionados mandam seus vídeos para a emissora, que, sem
controle externo, escolhe aqueles que quer por em circulação.
Naturalmente, não mexem no conteúdo. Mas simplesmente escolhem os onteúdos
que interessam.
A internet livre é a única defesa do cidadão contra a manipulação da grande
mídia, especialmente entre nós. No caso da Globo, uma virtual monopolista da
informação no Brasil, estamos todos sujeitos a manobras políticas de interesse
da empresa e contrárias ao interesse público. Veja esse fenômeno de circo que
criou sob a rubrica de “que futuro você quer para o Brasil?”: milhares de
cidadãos bem intencionados mandam seus vídeos para a emissora, que, sem
controle externo, escolhe aqueles que quer por em circulação.
Naturalmente, não mexem no conteúdo. Mas simplesmente escolhem os onteúdos
que interessam.
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