O teólogo Leonardo Boff, um dos autores preferidos do Papa Francisco, disse em seu Twitter
que a hora de Sérgio Moro vai chegar; segundo Boff, a injustiça nunca triunfou na história;
para Boff, a covardia de Sérgio Moro será sua própria ruína, ao dar sinais de que pode se
refugiar em alguma embaixada dos EUA quando sua situação se tornar insustentável.
Confira o tuíte do teólogo:Informações sobre os bastidores da operação
Lava Jato, inclusive relacionadas a esquemas de
pagamento de propina em troca de melhorias em
delações premiadas negociadas em Curitiba.
Esse é o tema principal de depoimento do ex-
consultor Rodrigo Tacla Durán, que realizou
serviços como advogado da Odebrecht, em
audiência pública que será promovida nesta-
terça-feira (5), às 10h, pela Comissão de
Direitos Humanos e Minorias. O advogado, que
vive na Espanha, falará por meio de
videoconferência.
“Ele possui diversas informações relevantes sobre a Operação Lava Jato e, por isso, deve ser ouvido nas instâncias adequadas e responsáveis pelo processo. Porém, por causa de diversas negativas injustificadas, teve violado o direito ao devido processo legal, além da garantia ao contraditório e da ampla defesa”, disse o deputado Wadih Lula Damous (PT-RJ), autor do requerimento para a Comissão ouvir o advogado em audiência pública.
Tacla Durán também foi arrolado como testemunha de defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula Da Silva por seus advogados, mas os pedidos têm sido negados pelo juiz Sérgio Moro. A defesa do ex-presidente Lula solicitou que Durán prestasse depoimento no âmbito do incidente de falsidade de documentos por parte da Odebrecht, no contexto da Lava Jato.
Para o líder do PT na Câmara, Paulo Lula Pimenta (RS), trata-se de mais um absurdo autoritarismo de Moro contra Lula. “É um processo extremamente importante para o País, pois envolve um ex-presidente da República que lidera todas as pesquisas para a Presidência da República e foi condenado como preso político, pois não há nenhuma prova nos processos que justifiquem sua condenação”.
Histórico – Em dois depoimentos, um à CPI da JBS e outro à defesa do ex-presidente Lula, Rodrigo Tacla Durán mostrou documentos que não conferem com os que teriam sido obtidos no sistema eletrônico de contabilidade da Odebrecht. Portanto, colocou em xeque a veracidade de provas apresentadas pela Odebrecht a partir dos sistemas Drousys e MyWebDay – largamente utilizados pela Lava Jato.
Essa diferença pode indicar que houve alteração nos documentos. Tacla Durán submeteu esses documentos à uma perícia na Espanha, onde mora, e a autenticidade foi atestada. Mas uma perícia não foi feita pela Polícia Federal no Brasil.
Há evidências de que Moro não quer ouvir Durán porque o advogado denunciou à imprensa um suposto esquema de pagamento de propina em troca de melhorias em delações premiadas negociadas em Curitiba.
Padrinho de Moro – Durán afirmou que um amigo e padrinho de casamento do juiz, o advogado Carlos Zucolotto (ex-sócio de Rosângela Wolff Moro, esposa de Moro) teria cobrado mais de 5 milhões de dólares “por fora” para “melhorar” o acordo de delação de Durán com os procuradores da Lava Jato liderados por Deltan Dallagnol. Durán detalha uma série de irregularidades que envolvem procedimentos adotados por procuradores, juízes, empresas e delatores na chamada operação Lava Jato.
Em novembro de 2016 Durán teve a prisão preventiva decretada pelo juiz federal Sérgio Moro, foi preso na Espanha, mas libertado porque tem dupla cidadania, o que impediu a extradição.
Há seis meses, os deputados Paulo Pimenta (RS), Wadih Damous e Paulo Lula Teixeira (PT-SP)cobraram da Procuradoria-Geral da República (PGR) investigação das denúncias feitas por Tacla Durán contra a operação Lava Jato. As denúncias de Durán são baseadas em farta documentação que coloca em xeque não apenas a totalidade das delações dos executivos da Odebrecht no âmbito da operação, mas também de todas as denúncias construídas a partir dessas delações e de outros dados coletados a partir de sistemas de informações da empreiteira. A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, prometeu tomar providências, mas até agora, nenhuma explicação foi dada.
A Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados é presidida pelo deputado Luiz Lula Couto (PT-PB).
PGR: Mesmo que provas contra Lula sejam falsas, Tacla Duran não deve ser ouvido
Jornal GGN - O Brasil 247 divulgou na noite desta segunda (4) uma nota informando que a Procuradoria Geral da República, por meio do subprocurador Nicolao Dino, apresentou parecer ao Superior Tribunal de Justiça pedindo que Rodrigo Tacla Duran não seja admitido como testemunha de defesa de Lula em um incidente de falsidade que tramita na jurisdição de Sergio Moro.
Segundo o portal, Dino teria argumentado que "ainda que possa realmente haver falsidade nos documentos [da Odebrecht, usados em ação penal contra Lula], suas declarações [de Duran] não se mostram relevantes para o deslinde da causa penal ou da própria falsidade arguida".
Tacla Duran ganhou os holofotes da mídia após denunciar um suposto esquema de corrupção envolvendo a indústria da delação premiada em Curitiba. Ele afirma que o amigo pessoal de Moro, Carlos Zucolotto, cobrou dinheiro "por fora" para "melhorar" a negociação com os procuradores liderados por Deltan Dallagnol.
Desde então, Moro vem rejeitando admitir o depoimento de Duran como testemunha de Lula. A defesa do ex-presidente afirma que Duran é relevante para a ação porque tem provas de que o sistema da Odebrecht, de onde "provas" são extraídas para serem usadas contra Lula e outros réus, foi adulterado antes e depois da Lava Jato estourar.
Do Brasil 247
O Subprocurador Geral da República, Nicolao Dino, protocolou nesta segunda-feira (4) um parecer no Superior Tribunal de Justiça (STJ) pedindo rejeição do recursos da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para ouvir o ex-advogado da Odebrecht Tacla Duran.
Segundo Dino, “não se verifica pertinência temática e específica sobre o objeto da ação em apreço” com o depoimento de Tacla Duran. “Vale dizer, ainda que possa realmente haver falsidade nos documentos, suas declarações não se mostram relevantes par o deslinde da causa penal ou da própria falsidade arguida pelo recorrente”, acrescenta
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