sábado, 16 de junho de 2018

LAVA JATO GRAMPEOU ADVOGADOS PARA TIRAR DE LULA CHANCE DE DEFESA Não há precedente de tamanha violência em países democráticos, denuncia defensora do ex-presidente



Do Conjur:

Após grampear o ramal central do escritório Teixeira, Martins e Advogados, que defende o ex-
presidente Lula na “lava jato”, e ouvir mais de 400 ligações, a força-tarefa da operação montou um 
organograma apontando as medidas que seriam tomadas pelos procuradores do petista em diversos 
cenários. Isso é o que afirmou, nesta sexta-feira (15/6), a sócia da banca Valeska Teixeira Zanin 
Martins.
A interceptação dos telefones da firma foi revelada pela ConJur em 2016. O juiz da 13ª Vara Federal 
de Curitiba, Sergio Moro, declarou que não sabia dos grampos no ramal central do escritório. Mas a 
operadora de telefonia responsável pela linha havia informado ao juízo que um dos telefones 
grampeados pertencia ao escritório em duas ocasiões.
Após ser repreendido pelo ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal, Moro prometeu 
destruir os áudios. Só que isso nunca foi feito, disse Valeska no IX Encontro Brasileiro da Advocacia 
Criminal, que ocorre no Rio de Janeiro.
“Fomos surpreendidos por uma decisão em que Moro disponibilizou todos os mais de 400 áudios 
nossos que foram gravados. Chegando lá, havia um ‘organograma da defesa’, desenhando a 
estratégia dos advogados do Lula. Ele foi baseado em conversas dos integrantes do escritório com 
outros advogados, como o Nilo Batista. Não há nenhum precedente de uma atitude tão violenta, tão 
antidemocrática como essa em países democráticos”, contou a defensora de Lula, lembrando que as 
gravações só foram destruídas há pouco.

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