Do Conjur:
Após grampear o ramal central do escritório Teixeira, Martins e Advogados, que defende o ex-
presidente Lula na “lava jato”, e ouvir mais de 400 ligações, a força-tarefa da operação montou um
organograma apontando as medidas que seriam tomadas pelos procuradores do petista em diversos
cenários. Isso é o que afirmou, nesta sexta-feira (15/6), a sócia da banca Valeska Teixeira Zanin
Martins.
A interceptação dos telefones da firma foi revelada pela ConJur em 2016. O juiz da 13ª Vara Federal
A interceptação dos telefones da firma foi revelada pela ConJur em 2016. O juiz da 13ª Vara Federal
de Curitiba, Sergio Moro, declarou que não sabia dos grampos no ramal central do escritório. Mas a
operadora de telefonia responsável pela linha havia informado ao juízo que um dos telefones
grampeados pertencia ao escritório em duas ocasiões.
Após ser repreendido pelo ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal, Moro prometeu
Após ser repreendido pelo ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal, Moro prometeu
destruir os áudios. Só que isso nunca foi feito, disse Valeska no IX Encontro Brasileiro da Advocacia
Criminal, que ocorre no Rio de Janeiro.
“Fomos surpreendidos por uma decisão em que Moro disponibilizou todos os mais de 400 áudios
“Fomos surpreendidos por uma decisão em que Moro disponibilizou todos os mais de 400 áudios
nossos que foram gravados. Chegando lá, havia um ‘organograma da defesa’, desenhando a
estratégia dos advogados do Lula. Ele foi baseado em conversas dos integrantes do escritório com
outros advogados, como o Nilo Batista. Não há nenhum precedente de uma atitude tão violenta, tão
antidemocrática como essa em países democráticos”, contou a defensora de Lula, lembrando que as
gravações só foram destruídas há pouco.
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