quinta-feira, 24 de maio de 2018

VIRA LATA PARENTE, CONCEDE TEMPO A TEMER E REDUZ DIESEL EM 10%


Politica não muda! Concessão ao Presidente dura 15 dias. Quem manda aqui sou eu (e a 
Míriam...)!

Em entrevista na sede da Petrobras, no Rio, nessa quarta-feira 23/V, a partir das 19h30, Pedro Malan 
Parente reafirmou que não vai mudar a política que acertou com a Míriam Leitão (ver a TV Afiada).
Ele deu um recado aos governadores: tem que renunciar ao ICMS, porque é a parcela de imposto 
mais alta!
A redução de 10% no diesel vai significar menos de R$ 0,26 no litro do diesel.
"Quem decide a política de preço da empresa é a diretoria executiva da empresa"!, concluiu o dono 
da Petrobras.


Nota oficial da Associação dos Engenheiros da Petrobrás (AEPET):
A AEPET reafirma o que foi expresso no Editorial "Política de preços de Temer e Parente é 'America 
First!' ", de dezembro de 2017.
A Petrobrás adotou nova política de preços dos combustíveis, desde outubro de 2016, a partir de 
então foram praticados preços mais altos que viabilizaram a importação por concorrentes. A estatal 
perdeu mercado e a ociosidade de suas refinarias chegou a um quarto da capacidade instalada. A 
exportação de petróleo cru disparou, enquanto a importação de derivados bateu recordes. A 
importação de diesel se multiplicou por 1,8 desde 2015, dos EUA por 3,6. O diesel importado dos 
EUA que em 2015 respondia por 41% do total, em 2017 superou 80% do total importado pelo Brasil.
Ganharam os produtores norte-americanos, os “traders” multinacionais, os importadores e 
distribuidores de capital privado no Brasil. Perderam os consumidores brasileiros, a Petrobrás, a 
União e os estados federados com os impactos recessivos e na arrecadação. Batizamos essa política 
de “America first! ”, “Os Estados Unidos primeiro!”.
Diante da greve dos caminhoneiros assistimos, lemos e ouvimos, repetidamente na “grande mídia”, a 
falácia de que a mudança da política de preços da Petrobrás ameaçaria sua capacidade empresarial. 
Esclarecemos à sociedade que a mudança na política de preços, com a redução dos preços no 
mercado interno, tem o potencial de melhorar o desempenho corporativo, ou de ser neutra, caso a 
redução dos preços nas refinarias seja significativa, na medida em que a Petrobrás pode recuperar o 
mercado entregue aos concorrentes por meio da atual política de preços. Além da recuperação do 
mercado perdido, o tamanho do mercado tende a se expandir porque a demanda se aquece com 
preços mais baixos.
A atual direção da Petrobrás divulgou que foram realizados ajustes na política de preços com o 
objetivo de recuperar mercado, mas até aqui não foram efetivos. A própria companhia reconhece nos 
seus balanços trimestrais o prejuízo na geração de caixa decorrente da política adotada.
Outra falácia repetida 24 horas por dia diz respeito a suposta “quebra da Petrobrás” em consequência 
dos subsídios concedidos entre 2011 e 2014. A verdade é que a geração de caixa da companhia neste 
período foi pujante, sempre superior aos US$ 25 bilhões, e compatível ao desempenho empresarial 
histórico.
Geração operacional de caixa, US$ bilhões
 2011    2012     2013    2014    2015    2016    2017
33,03   27,04    26,03   26,60   25,90   26,10   27,11

A Petrobrás é uma empresa estatal e existe para contribuir com o desenvolvimento do país e para  
abastecer nosso mercado aos menores custos possíveis. A maioria da população quer que a Petrobrás 
atue em favor dos seus legítimos interesses, enquanto especuladores do mercado querem maximizar 
seus lucros de curto prazo.
Nossa Associação se solidariza aos consumidores brasileiros e afirma que é perfeitamente 
compatível ter a Petrobrás forte, a serviço do Brasil e preços dos combustíveis mais baixos e 
condizentes com a capacidade de compra dos brasileiros.

Associação dos Engenheiros da Petrobrás (AEPET)

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