quarta-feira, 2 de maio de 2018

O PREFAKE CANALHA DIZ QUE PRÉDIO ERA OCUPADO POR CRIMINOSOS. E BOULOS VAI PROCESSAR BOLSONARO FILHO POR FAKE NEWS DE QUE O MTST OCUPAVA O PRÉDIO DESABADO


Declarações de um canalha: Enquanto mais de 400 pessoas perderam tudo o que tinham e que 
tinham pouco; enquanto o desespero se apossa do coração desses abandonados da vida e da 
história; enquanto milhões de pessoas não conseguem se dar um destino no Brasil por não 
terem renda e bens; enquanto pessoas se mobilizam para dar algum conforto aos desesperados 
desabrigados, um canalha como o Doria, que não cumpriu com seu dever como prefeito, que 
enganou o povo, que mora no conforto de uma mansão nos Jardins, e que quer continuar 
enganando o povo ao candidatar-se como governador, diz que o prédio desabado era ocupado 
por criminosos. Eis como se comportam os canalhas e os covardes.


Nota de esclarecimento 
O Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) tem mais de 20 anos de história de luta por 
moradia no Brasil. Nesse período colaborou para que milhares de pessoas tivessem acesso à moradia 
digna, um direito constitucional negado a mais de 6 milhões de famílias no país.
Nos últimos dois anos, estivemos na linha de frente das lutas e denúncias contra os cortes no 
orçamento da habitação. No ano de 2017, o governo Temer destinou apenas 9% dos valores previstos 
com moradia no orçamento. A faixa mais afetada foi a de baixa renda, que compreende famílias que 
recebem até 1.800 reais. Enquanto isso a Caixa Econômica ampliou o limite de financiamento para 
imóveis de luxo, uma completa inversão de prioridades.
O incêndio no edifício no Centro de São Paulo essa madrugada (1º de maio) deixou mais de 150 
famílias desalojadas; não se sabe ainda o número exato de vítimas.
A solidariedade às famílias que perderam tudo nessa tragédia é dever de todos nesse momento. Não 
podemos aceitar que uma catástrofe como essa seja utilizada para criminalizar aqueles que lutam por 
uma vida mais digna. Por isso repudiamos notícias tendenciosas da imprensa e comentários como o 
do governador Marcio França, que culpam as próprias famílias pelo seu infortúnio. Repudiamos 
também comentários preconceituosos que se amontoam nas redes.
Reafirmamos mais uma vez: as ocupações não são uma escolha, mas a única opção para milhares de 
famílias, diante da grave crise que assola o país e da falta de políticas públicas de habitação.
Aproveitamos o momento para esclarecer alguns pontos:
1) A ocupação vítima do incêndio não era organizada pelo MTST e sim por outro movimento de 
moradia, o MLSM – Movimento de Luta Social por Moradia;
2) Desde que tivemos acesso às notícias do incêndio, integrantes do MTST, juntamente com outros 
movimentos de moradia de São Paulo se mobilizaram para discutir estratégias de solidariedade às 
famílias;
3) O MTST não tem ocupações no centro de São Paulo e não pratica a cobrança de nenhum valor das 
famílias organizadas em nossas ocupações.

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