sexta-feira, 23 de março de 2018

Vitória de Lula no STF deixou jornalistas da grande mídia frustrados


As Bruxas da Midia golpista

Uma nova divisão ficou evidente na sessão plenária do Supremo Tribunal Federal que começou a julgar nesta terça-feira o habeas corpus impetrado pela defesa de Lula para impedir sua prisão imediata.
Mesmo sem discutir o mérito do pedido, mas apenas se deveria ou não ser aceito para julgamento, formou-se ampla maioria a favor da posição da defesa.
Por 7 votos a 4, a maioria do STF admitiu julgar o habeas corpus, mas a sessão foi suspensa e o plenário só voltará a se reunir no dia 4 de abril porque o tribunal fecha para a Semana Santa.
Em outra vitória da defesa, foi concedida uma liminar para que o TRF-4 não possa determinar a prisão do ex-presidente antes de terminar o julgamento do habeas corpus no STF.
Nos dois casos, foram derrotados a presidente Cármen Lúcia, o relator Edson Fachin, Luís Fux e Luis Roberto Barroso, que defendem as mesmas posições da grande mídia, ou seja, pela prisão de Lula o mais breve possível.
Em vários momentos, o decano Celso de Mello, conhecido como um juiz garantista, deu verdadeiras aulas práticas de Direito Constitucional, mas seus colegas não pareciam interessados em ouvi-lo.
Edson Fachin queria porque queria ler e colocar logo em votação o seu voto contrário ao habeas corpus e insistiu reiteradamente em impedir o adiamento da sessão.
Falando direto para as câmeras de TV, Fux e Barroso exageraram nos prolegômenos com o mesmo objetivo.
Com seu sorriso de Mona Lisa, denunciando um indisfarçável nervosismo, a presidente Cármen Lúcia repetiu os argumentos usados na entrevista à Globo em defesa da prisão imediata após condenação em segunda instância.
Como amplos setores da imprensa já tinham marcado a prisão de Lula para o dia 26, próxima segunda-feira, após o julgamento dos embargos de declaração no TRF-4, os comentaristas que apareceram no vídeo após o encerramento da sessão em Brasília pareciam um pouco frustrados.
Apesar da vitória parcial de Lula, ninguém se arrisca a prever o placar do dia 4 de abril porque nas próximas duas semanas muita coisa pode acontecer e os votos de alguns ministros costumam mudar conforme as circunstâncias do momento.
Haja suspense. O país que espere para saber o que o STF vai decidir sobre as eleições de 2018.
Vida que segue.

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