quinta-feira, 8 de março de 2018

MULHERES PARAM PRODUÇÃO DA RIACHUELO, DO EMPRESÁRIO OTÁRIO FLÁVIO ROCHA, APOIADOR DO GOLPE


No Dia Internacional da Mulher, cerca de 800 mulheres ligadas ao Movimento dos 
Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e a Marcha Mundial das Mulheres (MMM) ocuparam 
e paralisaram a produção do Grupo Guararapes, em Extremoz, no Rio Grande do Norte, a 23 
km da capital Natal; a empresa pertence ao empresário Flávio Rocha, dono da Riachuelo, que 
foi uma das principais vozes, no empresariado, a apoiar o golpe de 2016, que derrubou a 
presidente honesta Dilma Rousseff, primeira mulher a ocupar o cargo, e instalou uma 
quadrilha no poder; nesta madrugada, 800 mulheres também ocuparam a gráfica do jornal O 
Globo, que apoiou os golpes de 1964 e 2016 contra a democracia brasileira.

Do Brasil de Fato – Cerca de 800 mulheres ligadas ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e a Marcha Mundial das Mulheres (MMM) ocuparam e paralisaram a produção do Grupo Guararapes, em Extremoz, no Rio Grande do Norte, a 23 km da capital Natal, na manhã desta quinta-feira (8). A ação faz parte da Jornada Internacional de Luta das Mulheres.
A empresa pertence ao empresário Flávio Rocha, dono da Riachuelo. De acordo com Vanuza Macedo, dirigente nacional do MST, Rocha "representa a hipocrisia do empresariado brasileiro que saqueia direitos aliado a políticos como Rogério Marinho (PSDB), relator da reforma trabalhista".
Em inúmeras ocasiões, Flávio Rocha já defendeu diversas propostas do governo golpista de Michel Temer (MDB), como as reformas trabalhistas e da Previdência. Além disso, o empresário se posicionou como um dos principais críticos ao governo Dilma Rousseff e, nos meses que antecederam o impeachment, aumentou o tom. Em uma entrevista, declarou que o afastamento de Dilma recolocaria, já nos primeiros dias, o país novamente nos trilhos.
Em 2016, a Riachuelo foi condenada por submeter costureiras a trabalho análogo à escravidão. Uma das trabalhadoras denunciou maus-tratos que incluíam abusos físicos e psicológicos em razão das pressões para confeccionar as peças.
Neste contexto, Vanuza Macedo destaca que "desde a década de 1950 seu grupo empresarial se beneficia de isenções fiscais, sendo financiado pelo poder público. Entre 2009 e 2016, em período de crise econômica no Brasil, sua empresa chegou a receber financiamento público de R$ 1,4 bilhão".
A dirigente nacional do MST se refere ao financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) concedido ao grupo Guararapes durante o governo petista. Neste período, as empresas de Flávio Rocha também foram beneficiadas com isenção de até 75% do Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços (ICMS) na construção de fábricas no Ceará e no Rio Grande do Norte.
Para Cláudia Lopes, da Marcha Mundial das Mulheres, as trabalhadoras darão "nome aos bois" neste 8 de março, denunciando "os que patrocinaram o golpe, exploram os trabalhadores e trabalhadoras e se apropriam dos recursos públicos, principalmente em um momento em que o cortes e a retirada de direitos é justificada por um rombo na receita".

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