Será que Paulo Preto achou os R$ 113 milhões “na beira da estrada”? Guilherme Boulos,
ironizou a informação de que o ex-presidente da Dersa Paulo Preto, apontado como operador
do PSDB, tinha R$ 113 milhões em contas na Suíça; “Paulo Preto, chefe da Dersa por vários
anos e acusado de ser operador do PSDB, tinha conta na Suíça com R$113 milhões. Tem
extrato, tem tudo. E aí? Nada. Nada como ser um ladrão tucano, blindagem garantida”
POR FERNANDO BRITO
Só apareceu, claro, porque as autoridades da Suíça o expuseram, porque aqui a paralisia do inquérito
faz inveja a um cágado.
Mas, graças à cooperação do Ministério Público da Suíça , que – segundo a Folha – “compartilhou
Mas, graças à cooperação do Ministério Público da Suíça , que – segundo a Folha – “compartilhou
espontaneamente com procuradores de São Paulo” informações sobre quatro contas “cujo
beneficiário é o investigado Paulo Vieira de Souza”, ficamos sabendo que o amigo de José Serra que
reclamou por estar sendo deixado “à beira da estrada” por José Serra tinha “cerca de 35 milhões de
francos suíços, equivalente a R$ 113 milhões”
O dinheiro estava, naquela data, no banco suíço Bordier & Cie em nome da offshore panamenha
O dinheiro estava, naquela data, no banco suíço Bordier & Cie em nome da offshore panamenha
Groupe Nantes S/A, que foram transferidos para um banco em Nassau, nas Bahamas, em fevereiro
de 2017. Hoje, nem Deus sabe por onde anda essa dinheirama.
“Paulo Preto”, como é conhecido, é mantido na geladeira há oito longos anos, desde que um relatório
da Polícia Federal, em maio de 2010, encontrou – segundo publicou então a revista Época – indícios
de que Vieira, também “amigo de Aloysio Nunes Ferreira” e diretor da Dersa na gestão Serra , teria
recebido pagamento das empreiteiras que faziam a construção do Rodoanel.
Na campanha de 2010, reclamou que Serra – que fingiu desconhecê-lo quando questionado por
Dilma Rousseff – não poderia “abandonar assim um amigo, na beira da estrada”. Agora, pede ao
Ministro Gilmar Mendes, a quem o algoritmo do sorteio do STF caprichosamente escolheu como
relator dos inquéritos sobre Serra e Aloysio, que abduza para o Supremo a única investicação que
andou, a presidida pela juíza Maria Isabel do Prado, da 5ª Vara da Justiça Federal em São Paulo que,
por sinal, era sigilosa até agora.
O que vai permitir saber se o ministro concordará e, afinal, não deixará um amigo na beira da estrada.
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