quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

MORO E "TCHURMA" SÃO LADRÕES DA VERDADE


A decisão contra Lula foi tomada há muito tempo.  Antes de ler, o presidente do TRF-4 
considerou "irretocável" a decisão de Moro que condenou Lula!

O Conversa Afiada publica sereno artigo de seu exclusivo colUnista Joaquim Xavier:
Seria injusto generalizar. Aqui e ali, é possível encontrar no Brasil juízes e tribunais que tentam agir 
como verdadeiros magistrados. Não se curvam diante de ódios ou afetos circunscritos, instantâneos, 
teleguiados. Recusam-se a ser direcionados pela mídia oficial que já fez até enquete sobre se Lula 
deve ou não ser preso!
Seria injusto generalizar, como seria, e é, estupidez patológica não enxergar que a cúpula do 
Judiciário e alguns asseclas do “baixo clero” corporativo há muito tempo perderam o respeito e a 
autoridade que uma Justiça digna desse nome deveria ostentar. A começar do dito supremo tribunal 
federal, a escolinha da professora Carmen em que “ministros” trocam ofensas em público, privado e 
em serviço, não escondem suas paixões políticas e adaptam o Direito a conveniências ideológicas, 
materiais e pessoais.
A degradação escorre pelas instâncias inferiores, e vice-versa. Um juiz como Sérgio Moro, conforme 
declarou um desembargador, sentaria ele, Moro, no banco dos réus em qualquer país em que 
predomina o Direito em caixa alta. No caso extremo, estaria sujeito à condenação à morte – e isso 
não é figura de linguagem, exagero retórico. Nos Estados Unidos, um togado adversário de fatos, 
que humilhasse réus, obstruísse a defesa, manipulasse sentenças e usasse delações e prisões 
indefinidamente temporárias como barganhas para transformar em “prova” suas meras convicções 
não estaria refestelado na aprazível Curitiba. Disputaria com homicidas e estupradores uma vaga na 
fila do corredor da morte.
O que dizer então de um tribunal de segunda instância em que o presidente, sem ler os autos de um 
processo, exprime em público sua certeza de que uma sentença é irretocável? Seria afastado de 
pronto, como um falastrão usurpador do cargo de juiz. Pelos lados de cá, a história se mostra bem 
outra. A criatura é celebrada pelos poderosos como exemplo e vendida por gente graúda como 
sinônimo de imparcialidade.
Pois é uma “tchurma” (o sentido popular de um termo poucas vezes caiu tão bem) deste mesmo 
tribunal, o TRF baseado em Porto Alegre, que se imagina ungida a decidir se a maior liderança 
popular do país é inocente ou culpada e, por consequência, pode ou não disputar uma eleição em que 
é franco favorito. Quanta arrogância! Estes três senhores, beneficiários de sinecuras inalcançáveis 
para a maioria esmagadora do povo, já mostraram várias vezes não estar nem aí para rudimentos da 
Justiça.
Esse é o dado fundamental. Até o brasileiro mais desinformado sabe que o processo contra o ex-
presidente Lula carece do essencial: provas de que algum crime foi cometido. A cada imprecação 
providenciada pela promotoria, a cada chicana armada por Sérgio Moro, a defesa do ex-presidente 
contrapôs evidências robustas e documentadas da debilidade das acusações. Dezenas de testemunhas 
atestaram a inocência do réu – e outras tantas só não o fizeram por terem sido impedidas 
ardilosamente de se pronunciar.
Mas a decisão já estava tomada há muito tempo. Assim como já está lavrada a condenação em 
segunda instância. A rapidez indecente com que o novo julgamento foi marcado – com o requinte de 
crueldade de a data coincidir com a doença que vitimou dona Marisa – apenas corrobora a certeza de 
que o objetivo de todo o processo é eliminar da vida política, e o mais rápido possível, Lula, o PT ou 
qualquer entidade que se identifique com o povo e a soberania nacional. É contra isso que é preciso 
se manifestar.
Joaquim Xavier

Em tempo: aqui no Conversa Afiada, Moro é tratado, entre outras gentilezas, de Judge Murrow - 
PHA

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