O delegado-ouvidor Marcelo Augusto Xavier da Silva (no topo, de camiseta verde) assessorou
os deputados Alceu Moreira e Nilson Leitão (logo abaixo) na CPI da Funai: Juntos, contra os
índios e a o CIMI
por Conceição Lemes
Nesta quinta-feira (23/11), reportagem de Rubens Valente,publicada na Folha de S. Paulo,
por Conceição Lemes
Nesta quinta-feira (23/11), reportagem de Rubens Valente,publicada na Folha de S. Paulo,
Sul.
Os guarani/ kaiowá vivem em confinamento em Mato Grosso do Sul.
O ouvidor da Funai (Fundação Nacional do Índio), em Brasília, é o delegado da Polícia Federal
Os guarani/ kaiowá vivem em confinamento em Mato Grosso do Sul.
O ouvidor da Funai (Fundação Nacional do Índio), em Brasília, é o delegado da Polícia Federal
Marcelo Augusto Xavier da Silva.
Rubens Valente revela:
(..) o delegado da Polícia Federal Marcelo Augusto Xavier da Silva pediu por escrito à PF que
adote “providências persecutórias” contra indígenas e organizações não governamentais em Mato
Grosso do Sul que “arregimentam mulheres, crianças e idosos”.
O delegado também solicitou ao Comando da Polícia Militar do Estado que “faça o patrulhamento
ostensivo e atividades correlatas” para impedir que índios guaranis-caiuás entrem em propriedades
rurais sobre as quais reivindicam a posse tradicional.
Até agosto, quando tomou posse na Ouvidoria, o delegado atuava como assessor da CPI da Funai e
do Incra, criada pela bancada ruralista no Congresso e que pediu o indiciamento de vários
antropólogos, indigenistas e procuradores da República.
Na CPI, o delegado participou de diligências ao lado dos parlamentares ruralistas em Santa Catarina.
O delegado-ouvidor assessorou diretamente os deputados Alceu Moreira (PMDB-RS) e Nilson
Leitão (PSDB/MT), que foram respectivamente presidente e relator da CPI do Incra/Funai.
“São mais de 60 mil Guarani/ Kaiowá que lutam por suas terras originais”, diz, indignado, revoltado
mesmo, o deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS).
Pimenta conhece bem os índios guarani/kaiowá. No período em que presidiu a Comissão de Direitos
Humanos e Minorais (CDHM), esteve oito vezes em conflitos no Mato Groso do Sul.
“Colocar na ouvidoria da Funai um delegado da PF, notório jagunço do ruralista, para perseguir o
CIMI [Conselho Indiginsta Missionário] e as lideranças indígenas, é um claro sinal do governo
golpista”, denuncia.
“É um estímulo aos massacres e a garantia da impunidade aos assassinos”, alerta.
___________________________________
Nenhum comentário:
Postar um comentário