segunda-feira, 2 de outubro de 2017

O ‘El País’ faz o que a imprensa brasileira não faz: investiga o MBL


Retrato de Kim Kataguiri postado no Facebook

POR FERNANDO BRITO 

Duas extensas reportagens no El País, hoje, mostram o que os
jornais brasileiros – inclusive a Folha,
que abriu suas páginas para Kim Kataguiri pontificar como porta-
voz da juventude “coxinha”- jamais se interessaram em mostrar a
seus leitores: o que é o tal Movimento Brasil Livre e os negócios
em que ele se envolve.
Descobre-se ali, que ele é, juridicamente, o Movimento Renovação 
Liberal (MRL), registrado “em nome de quatro pessoas, sendo três
deles irmãos de uma mesma família: Alexandre, Stephanie e Renan Santos. Este último é um dos
coordenadores nacionais do MBL e um dos rostos mais conhecidos do grupo”.
Família que está devendo horrores na praça:
“A família Santos responde atualmente a 125 processos na Justiça,
relativos a negócios que tiveram 
antes da criação do MRL. O EL PAÍS teve acesso a estes processos.
A maioria é relativa à falta de 
pagamento de dívidas líquidas e certas, débitos fiscais, fraudes em
execuções processuais e 
reclamações trabalhistas. Juntos, acumulam uma cobrança da ordem
de 20 milhões de reais, valor 
que cresce a cada dia em virtude de juros, multas e cobranças de
pagamentos atrasados.”
“Democraticamente” , o El País revela que “aqueles que são
chamados de coordenadores nacionais do MBL, como Kim
Kataguiri, Fernando Holiday e o próprio Renan Santos, não foram eleitos por ninguém e jamais
poderão ser substituídos em eventual votação dos que supostamente se filiam ao movimento”.
E a filiação não é barata. Na imagem acima reproduz-se o cardápio de tipos de filiação, que vai 
desde “Agente da Cia” até “Nós somos o 1%”, com mensalidades de R$ 30 a R$ 10 mil por mês(!!!).
E os blogueiros sujos, aqui, passando o chapéu, para conseguir bem-vindas contribuições de 10 reais, 
somos a “militância paga” e suja…
A segunda reportagem, sobre a disputa com Alexandre Frota e família pelo controle da logomarca e 
do nome “Movimento Brasil Livre”.
É, como se percebe, uma disputa “ideológica” que, com certeza, não se dá pela venda de canecas 
online.
Benditos meninos moralizadores!

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