quarta-feira, 18 de outubro de 2017

Lula: “Quanto mais me batem, mais eu cresço. Isso deixa eles com raiva” - Assista

“Vou ser candidato e quero ganhar. Vou estar com 73 anos o ano que vem. Um menino”, disse o 
ex-Presidente em entrevista à Rádio Super FM, de Belo Horizonte.

Em entrevista à Rádio Super FM, de Belo Horizonte, nesta quarta-feira (18), o ex-Presidente Lula 
disse que há três anos tentam lhe destruir. “Tenho mais de 60 capas de revistas e mais de 25 horas de 
Jornal Nacional contra mim”, destacou. “Me dão tiro de canhão todo dia e estou vivo. Deram um tiro 
de garrucha no Aécio e ele não aguentou”, ironizou. “E quanto mais me batem, mais eu cresço nas 
pesquisas. Isso que deixa eles com raiva”, completou.
Lula disse que será candidato e não escolhe adversários. “Eu espero que qualquer um que venha 
disputar discuta programa de governo e não baixe o nível como o Aécio baixou contra a Dilma”, 
completou.
“Vou ser candidato e quero ganhar. Vou estar com 73 anos o ano que vem. Um menino. Estou bem. E 
se não estiver bem não serei. Eu espero que Deus me dê muita força. Eu quero retribuir ao povo 
brasileiro a generosidade que eles sempre me deram.”
A viagem do ex-presidente por diversas regiões de Minas, entre os dias 23 e 30 de outubro, é a 
segunda etapa de um projeto que deve alcançar todas as regiões do país. O percurso, que será todo 
feito de ônibus por Lula, envolve sete regiões do estado totalizando pelo menos 14 cidades.
Lula inicia sua caravana por Minas pelo Vale do Aço, um dos berços do Partido dos Trabalhadores, 
em Ipatinga no ato “Em defesa da soberania nacional” de recepção da caravana na Praça dos Três 
Poderes, às 18h.
Depois do ato de abertura, a caravana segue para o Vale do Rio Doce, Vale do Mucuri, Vale do 
Jequitinhonha, passa pelo Norte de Minas, Região Metropolitana de Belo Horizonte e termina em um 
grande ato na capital mineira, no dia 30 de outubro.
De acordo com Lula, o objetivo é tentar ver o que aconteceu no país nesses últimos anos. “Eu 
conheço os avanços que aconteceram no Brasil em todos as áreas e quero ver o que está acontecendo 
agora. Eu tenho viajado e vi que a fome está voltando, a pobreza está voltando. Quero ter um contato 
com a realidade. Parte das políticas que colocamos em funcionamento no Brasil foi resultado das 
viagens e agora me parece que está tudo voltando a ser como era”, disse.
Lula também lembrou com carinho do seu vice, o empresário José de Alencar. “O Zé Alencar foi o 
melhor vice que um presidente pode ter. O Zé é um empresário que sabe que o Brasil só vai dar certo 
se todos os brasileiros puderem comer, morar. Eu tenho orgulho de ter feito um governo que 
governava para todos, mas tinha um olhar atento para os mais pobres”, disse Lula.
Sobre o sucesso do seu governo, o ex-presidente lembrou que um bom governante deve sempre ouvir 
a população: “Eu fiz 74 conferências nacionais para decidir as políticas públicas que a gente ia 
colocar em prática. No meu governo a gente não tinha surpresas. A gente tem que trabalhar em 
conjunto com os vários setores da sociedade. Se tem uma coisa que eu gosto de fazer é conversar. E 
política. Um governo tem que aprender a ouvir e colocar em prática o que está ouvindo”, concluiu.
Sobre as críticas que o governo Dilma sofre, Lula disse que “devemos entender as circunstâncias da 
época. A Dilma tinha na Câmara dos Deputados um presidente que nunca a iria ajudar e isso 
complicou. Nós fizemos desonerações demais, a Dilma manteve todas as políticas sociais, o salário 
mínimo continuou aumentando todo ano, tivemos no seu governo o menor índice de desemprego da 
história do Brasil, em 2014. Um padrão suíço. A desoneração, no entanto, fez com que faltasse 
dinheiro no caixa o que obrigou o governo a anunciar cortes. Com isto caiu o PIB, aumentou a dívida 
pública e aumenta o empobrecimento da sociedade, porque diminui a capacidade de investimento do 
estado brasileiro.

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