terça-feira, 3 de outubro de 2017

IRMÃO DE REITOR QUE SE SUICIDOU DESABAFA: “QUEM MATOU MEU IRMÃO?”


Acioli de Olivo, irmão de Luiz Carlos Cancellier de Olivo, citou em uma postagem no 
Facebook na noite desta segunda-feira 2 "os grandes canalhas" e "os pequenos canalhas" 
responsáveis pelo suicídio do ex-reitor da UFSC, que estava em tratamento psicológico após 
uma investigação da Polícia Federal que culminou em sua prisão; segundo ele, "são vários os 
autores" do suicídio de Cancellier, que denunciou, quatro dias antes de se matar, a 
"humilhação e o vexame" a que foi submetido em investigação da PF que apurava 
irregularidades de uma gestão anterior à sua; o reitor foi preso antes de ser ouvido, humilhado 
dentro e fora da prisão.

Da Revista Fórum - Acioli de Olivo, irmão do ex-reitor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Luiz Carlos Cancellier de Olivo, desabafou pelo Facebook, na noite desta segunda-feira (2), sobre o suicídio do irmão.
Na postagem, Olivo cita "os grandes canalhas" e os "pequenos canalhas" responsáveis pelo o que ele chamou de "crime premeditado".
"Quem matou meu irmão, o reitor da UFSC, Luís Carlos Cancellier de Olivo? São vários os autores. Os principais sabemos nomes, sobrenomes, endereço e ocupações. Mas além destes grandes canalhas, são cúmplices deste crime premeditado, os pequenos canalhas, os vermes rastejantes, que dentro da UFSC divulgaram mentiras", escreveu.
Cancellier, desde que foi preso e afastado da UFSC, vinha passando por tratamento psicológico. Em uma carta escrita no mês passado, o ex-reitor denunciou os "métodos" do MP e da Polícia Federal ao julgá-lo, sem apresentar provas ou dar chances de defesa, e a humilhação a que fui submetido. Saiba mais aqui.
Confira, abaixo, a íntegra do texto do irmão de Cancellier.

QUEM MATOU MEU IRMÃO, O REITOR DA UFSC, LUÍS CARLOS CANCELLIER DE OLIVO?

SÃO VÁRIOS OS AUTORES. OS PRINCIPAIS SABEMOS NOMES, SOBRENOMES, ENDEREÇO E OCUPAÇÕES. MAS ALÉM DESTES GRANDES CANALHAS, SÃO CÚMPLICES DESTE CRIME PREMEDITADO, OS PEQUENOS CANALHAS, OS VERMES RASTEJANTES, QUE DENTRO DA UFSC DIVULGARAM MENTIRAS, ENXOVALHARAM SUA HONRA, VIOLARAM O QUE ELE TIINHA COMO VALOR MAIS PRECISOSO, SUA HONESTIDADE E A DEDICAÇÃO ÍMPAR PELA SUA ALMA MATER, A UNIVERSIDADE EM QUE SE FORMOU E GALGOU DEGRAU A DEGRAU ATÉ ALCANÇAR O POSTO MÁXIMO.
ESTES VERMES NÃO FICARÃO IMPUNES, POIS A UNIVERSIDADE DA TOLERÂNCIA E DA DIVERSIDADE QUE MEU IRMÃO SONHOU E TRABALHAVA TODOS OS DIAS PARA TORNAR UMA REALIDADE, NÃO PODE ABRIGAR OS SEDENTOS DE ÓDIO, POIS FORA DELA JÁ SE REPRODUZEM POR TODA A PARTE COMO RATOS.

A TODOS CONCLAMO, NÃO VERTAM LÁGRIMAS, O CAU NÃO APROVARIA. TRANSFORMEM SUAS LÁGRIMA NUM BRADO DE INDIGNAÇÃO , O ÚNICO SENTIMENTO QUE PODE SE CONTRAPOR À INJUSTIÇA QUE O VITIMOU.

Delegada da Lava Jato foi responsável por prender reitor sem ouvi-lo

A Operação Ouvidos Moucos, que investiga irregularidades na UFSC e da qual o reitor que se suicidou, Luiz Carlos Cancellier, era alvo, era coordenada na Polícia Federal pela delegada Érika Marena, ex-integrante da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba; ela chegou a Florianópolis no fim de 2016 para comandar a área de combate à corrupção e desvios de recursos públicos; o reitor foi preso no dia 14 de setembro e solto no dia seguinte; na ocasião, a delegada questionou a juíza que determinou a soltura, mesmo sem haver nada contra Cancellier.
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