quarta-feira, 6 de setembro de 2017

O QUE ESTÁ POR TRÁS DA CAPA CANALHA DO GLOBO

A longa manus dos Irmãos Metralha Marinho 
na capa canalha do Globo
O responsável pela capa canalha do Globo associando as malas de dinheiro no “bunker” de Geddel à 
denúncia de Janot contra Lula e Dilma é Ascânio Seleme, diretor de redação (com todo respeito, 
nome de xarope contra a tosse dos anos 40).
Evidentemente que Ascânio é apenas a longa manus de João Roberto Marinho, presidente do 
Conselho Editorial e dono do negócio.
Assim como usa Moro para tentar destruir Lula, a Globo se pendurou em Janot para derrubar Michel 
Temer.
Não se abandona o companheiro Janete na beira da estrada

Os primeiros áudios de Joesley Batista saíram na coluna de Lauro 
Jardim.
Na segunda, dia 4, Janot se adiantou a um escândalo inevitável e 
admitiu que: seu auxiliar direto, Marcelo Miller, ao que tudo indica, 
participou de ações ilegais durante o processo de delação da JBS; 
Joesley Batista e Ricardo Saud, diretor da empresa, omitiram 
informações; o acordo de colaboração terá de ser revisto.
No auge da desmoralização da Lava Jato e do MPF, Janot tira da 
cartola uma releitura do powerpoint de Dallagnol e acusa Lula de ser 
o chefe de uma organização criminosa.
Pronto. Para a Globo, cujo compromisso é alimentar uma massa 
indigente, o prato a ser servido será sempre alfafa.
O editorial desta quarta é leniente com o companheiro PGR. “Janot 
fez bem ao suspender o acordo, e isso reforça o instituto da 
colaboração premiada”, lê-se. A primeira página antológica é um tributo a essa parceria, ao 
jornalismo de guerra e à fé na imbecilidade alheia. Daqui a uma semana Miriam Leitão vem se 
queixar de que Bolsonaro cresce nas pesquisas.
Não se abandona um companheiro na estrada. Por isso o silêncio ensurdecedor sobre o imbroglio 
envolvendo a mulher de Sérgio Moro, Rosângela, e um doleiro investigado.
Você transforma esses homens em herois, eles acreditam nisso, passam a colaborar com você — e 
depois como explicar que tinham pés de barro?
Num debate promovido pela Globo no final de agosto, intitulado “E Agora, Brasil?”, Janot contou 
seus planos para quando se aposentar: escrever dois livros sobre a Lava Jato e “manter o foco no 
combate à corrupção no mundo corporativo”.
Na ocasião, Ascânio Seleme falou o seguinte: “Nosso papel, além de informar, é prestar serviço à 
comunidade. E a gente cumpre esse papel todo santo dia. Queremos levar para o nosso público 
informação de qualidade e, sempre que possível, exclusiva, em todas as plataformas”.
O resultado dessa mistificação? Esse lixo.

Ascânio e João Roberto Marinho entregam a Moro o prêmio “Faz Diferença” (Foto de Fabio 
Rossi / Agencia O Globo)

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