A atriz Rogéria, de 74 anos, morreu na noite de hoje (4) após ser internada em um hospital na
Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, com infecção urinária; Rogéria (Astolfo Pinto) nasceu em
em 1943 em Cantagalo, no norte fluminense. Ainda na adolescência, homossexual assumido,
Astolfo virou transformista e começou a trabalhar como maquiadora, ainda com o nome
masculino, na extinta TV Rio
Paulo Virgilio - Repórter da Agência Brasil
A atriz Rogéria, de 74 anos, morreu na noite de hoje (4) após ser internada em um hospital na Barra
da Tijuca, no Rio de Janeiro, com infecção urinária.
Rogéria havia sido internada no dia 13 de julho em estado grave na Unidade de Terapia Intensiva
Rogéria havia sido internada no dia 13 de julho em estado grave na Unidade de Terapia Intensiva
(UTI) da Clínica Pinheiro Machado, com quadro de infecção urinária, e entubada na tarde do dia
seguinte ao ser constatada uma pneumonia e tinha apresentado melhora, chegando a receber alta.
Nascida Astolfo Barroso Pinto, Rogéria era a mais antiga transformista em atividade no Brasil. Ao
Nascida Astolfo Barroso Pinto, Rogéria era a mais antiga transformista em atividade no Brasil. Ao
lado de travestis pioneiras do país, como Jane di Castro, Divina Valéria, Camille K, Fujika de
Halliday, Eloína dos Leopardos, Brigitte de Búzios e Marquesa, esta morta em 2015, Rogéria foi
homenageada pela atriz e diretora Leandra Leal no documentário Divinas Divas, premiado no
Festival do Rio do ano passado. As atrizes se apresentavam no Teatro Rival, na Cinelândia (centro da
cidade), que pertence à família de Leandra Leal há várias gerações.
Rogéria (Astolfo Pinto) nasceu em em 1943 em Cantagalo, no norte fluminense. Ainda na
Rogéria (Astolfo Pinto) nasceu em em 1943 em Cantagalo, no norte fluminense. Ainda na
adolescência, homossexual assumido, Astolfo virou transformista e começou a trabalhar como
maquiadora, ainda com o nome masculino, na extinta TV Rio. Frequentava o auditório da Rádio
Nacional. O nome Rogéria surgiu em 1964, quando venceu um concurso de fantasias no carnaval
daquele ano.
Convivendo com atores na TV Rio, se sentiu estimulada a interpretar e estreou nos palcos em maio
Convivendo com atores na TV Rio, se sentiu estimulada a interpretar e estreou nos palcos em maio
de 1964, em um show de travestis na Galeria Alaska, então reduto gay de Copacabana. Ela atuou em
dezenas de shows, peças teatrais e programas de televisão, muitas vezes como jurada nos programas
de Chacrinha, Luciano Huck e outros apresentadores, e participou de 11 filmes brasileiros. Ela
também atuou em novelas como Tieta (1989), Paraíso Tropical (2007) e A Força do Querer (2017),
sua última participação na TV e, no teatro, recebeu o Troféu Mambembe em 1979 pelo espetáculo
que fez ao lado de Grande Otelo.
Em 2016, foi lançada sua biografia, Rogéria – uma Mulher e Mais um Pouco, de autoria de Márcio
Paschoal.
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