No seu inexcedível ódio a Lula, o colunista Josias de Souza, do UOL, publicou um texto onde
diz que Marisa Letícia virou um álibi post-mortem de Lula, por este dizer que era ela quem
cuidava do dinheiro do casal, o que aliás é um tanto quanto óbvio, dada a quantidade de
atividades do seu companheiro. Levou como resposta uma “carta aberta” no Facebook, onde o
irônico testemunho que serve para comprovar isso é o do diretor de jornalismo da Globo, Ali
Kamel, que, no livro em que tenta apresentar Lula como um personagem tosco, registra que ele
disse exatamente isso em 2008, muito antes de todas estas histórias ridículas que vivemos hoje.
Leia a carta:
Caro jornalista Josias de Souza,
O senhor tem feito declarações que transitam entre a ironia e a baixaria, cheias de desrespeito e
Leia a carta:
Caro jornalista Josias de Souza,
O senhor tem feito declarações que transitam entre a ironia e a baixaria, cheias de desrespeito e
mentira contra a memória da ex-primeira-dama Dona Marisa Letícia. O objetivo é o mesmo já há
alguns anos: ter protagonismo profissional em uma imprensa parcial — a mesma que apoiou um
golpe parlamentar rejeitado pela população — e perseguir politicamente o ex-presidente Lula, talvez
pelo temor e inconformismo diante de sua liderança nas pesquisas eleitorais. Mas mesmo neste
jornalismo parcial seria importante algum limite ético e humano, por exemplo, não desrespeitando
com mentiras pessoas que já faleceram.
Lula jamais acusou ou usou sua esposa de “álibi”. Quem acusou, injustamente, sua esposa foram os
Lula jamais acusou ou usou sua esposa de “álibi”. Quem acusou, injustamente, sua esposa foram os
procuradores da Lava Jato chefiados por Deltan Dallagnol, que o fizeram em processos sem sentido
sobre pedalinhos e imóveis que jamais foram da família Lula, para tentar atingir o ex-presidente.
Nem Lula nem Dona Marisa cometeram qualquer crime. Errada foi a divulgação de conversas
telefônicas privadas da primeira-dama para fins políticos e midiáticos.
O ex-presidente tem muito orgulho de Dona Marisa, do apoio que ela dava para que ele pudesse
lutar pelo Brasil, sendo pai e mãe dos seus filhos ao mesmo tempo e cuidando das contas da família
desde os tempos do sindicalismo.
Essa é a verdade dos fatos. E é assim há muito tempo, como prova uma declaração de Lula de 2008
registrada no livro “Dicionário Lula” do chefão do jornalismo da Globo, Ali Kamel, que poderia
encaminhar para os seus subordinados de Curitiba, que editam matérias desequilibradas sobre os
processos da Lava Jato contra Lula para os telejornais da emissora. Kamel também poderia
presentear com seu livro outros funcionários das Organizações, como Cristiana Lobo e Thais
Heredia, que já desrespeitaram Dona Marisa dentro da sanha da Globo contra Lula.
Na fala de 19 de fevereiro de 2008, em Cachoeiro do Itapemirim, registrada no primeiro parágrafo
da página 445 do livro, Lula diz que Marisa é quem cuida do dinheiro do casal “desde 1975”. Essa
é a verdade dos fatos. E fatos, em tese, para jornalistas, deviam importar mais que maledicências
falaciosas. Mas o jornalista deve achar melhor servir maledicências falaciosas contra Lula do que
fatos aos seus leitores.
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