POR FERNANDO BRITO
Luciano Huck é cortejado para ser candidato a presidente ou a vice pelo Dem, que no mesmo dia
flerta com João Dória Junior, que contrata cinco softwares de manipulação de redes sociais para se
promover, segundo a BBC.
É esse o capim ralo que brota da terra arrasada da política, calcinada pelos lança chamas das tropas
É esse o capim ralo que brota da terra arrasada da política, calcinada pelos lança chamas das tropas
de assalto de Curitiba.
Sujeitos que enriqueceram mais do que qualquer político que se tenha notícia, com iates, mansões e
jatos comprados “honestamente” pelo preço que você e eu pagamos nos sabonetes, nas vitaminas,
nos produtos de empresários que bancam as suas “efemérides” não se contentam mais com as
audiências que tantos negócios lhes permitiram.
Miram os negócios que podem fazer no poder ou, ao menos, com a badalação que lhes dá a
perspectiva de poder.
Vão reformar latas velhas (que importa sejam meia-dúzia em meio a milhões) ou promover “tours”
Vão reformar latas velhas (que importa sejam meia-dúzia em meio a milhões) ou promover “tours”
pela miséria, claro que com polpudas “verbas de produção” para produzir filmes grandiosos das
massas agradecidas de sua liderança ariana.
No entanto, que coisa incrível, todo o seu aparato nem faz cócegas em Jair Bolsonaro, a estupidez
No entanto, que coisa incrível, todo o seu aparato nem faz cócegas em Jair Bolsonaro, a estupidez
pura, legítima, quelóide pavoroso que brota das cicatrizes ditatoriais deste país. Ainda que
pavorosas, é o único com raízes.
Todos disputam ávidamente o que lhes pode dar a destruição do Brasil, o posto de “salvador da
pátria”, sem que nenhum deles seja capaz de apontar, fora o xingamento aos outros e o “deixem que
o mercado cuida” como projeto para este país.
O Brasil é, para eles, como um programa de televisão. O povo, um auditório, a ser manipulado como
claque, a R$ 50 reais por integrante da platéia.
Seriam apenas ridículos, palermas a se prestarem a um espetáculo para uma minoria de tolos e a vida
Seriam apenas ridículos, palermas a se prestarem a um espetáculo para uma minoria de tolos e a vida
brasileira não tivesse, como em nenhuma outra época da história senão no golpe de 64, aniquilada
pelo poder destruidor de uma casta pretensiosa e irresponsável, que nos deixou nesta prostração
cívica em que nos encontramos.
Construiu-se uma realidade paralela no Brasil. Não temos economia, temos Bolsa; não temos
Construiu-se uma realidade paralela no Brasil. Não temos economia, temos Bolsa; não temos
patrimônio, temos “ativos” a vender; não temos políticas públicas, temos vendas e cortes; não temos
políticos, temos atores a desempenhar papéis ocos, vazios, ridículos.
Não é difícil imaginar o que acontecerá a isso, como a toda farsa acontece.
Não é difícil imaginar o que acontecerá a isso, como a toda farsa acontece.
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