sexta-feira, 25 de agosto de 2017

Venezuela pedirá à Interpol capturar a ex-procuradora do país Luísa Ortega


Governo venezuelano afirma que Ortega e Ferrer são parte de uma rede de extorsão no 
Ministério Público do país. Nicolás Maduro acrescentou em seu pronunciamento que junto 
solicitará Código Vermelho para detenção de Ortega e seu marido



O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse nesta terça-feira (22/08) que pedirá à Interpol a 
captura da ex-procuradora-geral venezuelana, Luisa Ortega, e de seu marido, o deputado chavista 
Germán Ferrer, que fugiram do país na sexta passada.
O governo venezuelano acusa Ortega e Ferrer de serem fugitivos da justiça e de cometerem vários 
crimes ligados a uma rede de extorsão e corrupção no país.
“Venezuela solicitará código vermelho para deter as pessoas que envolvidas nesta extorsão criminosa 
operada no Ministério Público”, afirmou Maduro durante discurso transmitido pelo canal estatal 
venezuelano.
O presidente venezuelano também criticou que "o governo golpista do Brasil acolha estes foragidos 
da Justiça venezuelana, a ex-procuradora-geral e seu marido", a quem acusou de ser "o chefe do 
cartel" do Ministério Público, em alusão às acusações que o oficialismo venezuelano fez contra 
Ferrer, a quem implica em uma suposta rede de extorsão.
Segundo Maduro, Ortega e seu marido foram manipulados pelos Estados Unidos e por conta disso a 
ex-progucardora-geral não atuou “corretamente ante ao golpe de Estado evidente nos últimos meses 
por já estar comprometida e quebrada moralmente”. Acrescentou também que "seguramente" Ortega 
se transformará em "uma peça dos ataques do governo dos Estados Unidos" contra a Venezuela.
"O que pode fazer contra nós, além de mentir?", se perguntou Maduro, que acusou a ex-procuradora 
e seu marido de terem se escondido atrás de uma "máscara chavista" enquanto chegavam a acordos 
com os Estados Unidos "para prejudicar à Venezuela".
Ortega foi destituída do seu cargo no último dia 5 de agosto, em razão do que a Assembleia Nacional 
Constituinte (ANC) denominou como "atos imorais".
Contra o marido de Ortega foi ditada uma ordem de captura depois de ser acusado pela Constituinte 
e pelo novo procurador-geral, Tarek Saab, de ser parte de uma rede de extorsão que supostamente 
operava dentro do Ministério Público.
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